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Italia apre il Carnevale 2005

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Italia apre il Carnevale 2005
HISTÓRIA OLÍMPICA:
ITÁLIA ENTRE OS GIGANTES
DO ESPORTE MUNDIAL
Ano 10
Nº81
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2004
Diretor: Julio Vanni
ISSN 1676-3220
R$ 4,50
Diretor - Presidente: Pietro Domenico Petraglia
MOCIDADE:
Italia apre il
Carnevale 2005
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Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
NOTÍCIAS | Comunidade
OPINIÃO | Serviço ao Leitor
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COSE NOSTRE
Gisele Maia
Entretenimento com cultura e informação
Do ódio à esperança
A
té fecharmos esta edição, não tivemos notícias
animadoras sobre o caso das italianas Simona
Pari e Simona Torretta, as duas jovens de 29
anos seqüestradas em Bagdá, no dia 7 de setembro.
O chanceller da Itália, Franco Frattini, prefere não
falar, por enquanto, dos resultados de sua missão no
Golfo Pérsico. Não sabemos sobre as formas de cooperação de outros países árabes e sobre as medidas
práticas para que as reféns sejam libertadas. Enquanto
isso, o presidente Carlo Azeglio Ciampi se junta ao coro dos franceses, que passam por situação semelhante
com dois jornalistas presos no Iraque, e faz um apelo:
“Libertem-nas!”.
As pressões sobre o governo italiano, para que sejam retiradas as tropas do Iraque, se intensificam e as
ameaças a Berlusconi são publicadas e renovadas diariamente em sites da Internet. Diante de tal cenário, o
que fazer para evitar histórias tristes como a do jornalista Enzo Baldoni, executado há alguns dias?
Já passa da hora de refletirmos sobre os fatores
que geram tanta incerteza entre os povos e o clima de
retorno à barbárie. Na lógica da “guerra para prevenir
o terror” e do “terror em resposta às investidas de prevenção”, a bola de neve já começa com avalanche.
A “Italia Amica” não é mais a terra distante de que só
nos resta ter saudades ou lastimar pelos equívocos even-
tualmente cometidos por lá. Com as recentes conquistas
para italianos no exterior, deixamos de ser simples espectadores. Adquirimos direitos há muito reivindicados, mas
eles nos trazem também responsabilidades.
Daqui do Brasil, país que abriga o maior contingente de oriundi, poderão sempre brotar novas possibilidades; formas de luta que terão a vantagem de um
olhar distanciado e, por isso mesmo, capaz de gerar
reflexões distintas de quantas haja.
Na matéria “Scuola della Pace” desta edição, o
leitor poderá conhecer iniciativas pela não-violência
entre os povos. Para muitos, o caminho é a educação,
o contato com a realidade e a cultura do outro, e a
busca incessante pelo diálogo.
No que se refere ao fortalecimento da Comunidade ítalo-brasileira, notícias de esperança: com um
abaixo-assinado, descendentes, que estão em diversas partes do mundo e não têm o direito à cidadania,
continuam brigando pelo “Direito de ser italiano”. O
documento já tem uma grande repercussão por aqui e,
com uma matéria esclarecedora, Comunità pretende
também contribuir.
De resto, os leitores já sabem: entrevistas, lançamentos do mercado editorial, costumes e opções
de diversão.
Boa leitura!
Pelo direito de ser italiano
O
Comites – Comitato Degli Italiani all’Estero – do
Rio de Janeiro começou, em agosto passado, a
reunir assinaturas de descendentes de italianos
que, apesar dos laços sangüíneos, não têm direita à
cidadania. O abaixo-assinado possui duas frentes de
protesto. Primeiro, contesta as heranças de uma lei
italiana de 1912, considerada ilegítima pela Carta
Maior da Constituição de 1948, mas cujo atestado de
inconstitucionalidade não teve efeito retroativo. Contesta também uma dos aspectos da Lei número 91 de
5 de fevereiro de 1992.
No primeiro desses casos, a conseqüência prática
é que descendentes por parte materna nascidos antes
de 1948 (data em que entrou em vigor a Constituição
da República, votada após a Segunda Guerra) não são
reconhecidos cidadãos. A situação pode ser muito bem
ilustrada pelo caso do engenheiro aposentado Arthur
Laino Maia. Nascido em 1946, no Rio de Janeiro, filho
de mãe calabresa e pai brasileiro, ele nunca conseguiu
a dupla nacionalidade, apesar dos laços familiares e de
uma grande paixão pela cultura italiana. “A família da
minha mãe sempre se reunia para relembrar a vida na
Itália e isso gerou em mim um grande interesse”, explicou. “Eu sempre quis recuperar o vínculo”.
Em 2002, ele chegou a enviar uma carta a 38 parlamentares brasileiros de origem italiana (entre os quais
estavam Rita Camata, Eduardo Suplicy e José Serra) e
ao Congresso italiano pedindo para que eles se pronunciassem em relação a essa lei considerada injusta.
O documento, publicado na edição 60 de Comunità,
teve grande repercussão e alcançou as mãos de Mirko
Tremaglia, ministro dos italianos no exterior. Entretanto, a primeira manifestação massiva e concreta para a
revogação dessa lei é, de fato, o recente abaixo-assinado. “No primeiro tempinho livre que tive, fui ao Comites apoiar essa iniciativa e pedi a muitos conhecidos
que apoiassem também. Hoje, além de tudo, eu tenho
uma filha morando na Holanda e ficaria mais tranqüilo
se ela se tornasse cidadã européia”, diz Laino.
A história da Lei 91 de 5 de fevereiro de 1992 é mais
complicada: depois de emigrarem, muitos italianos acabaram se naturalizando no estrangeiro, a maioria deles
para arranjar um emprego público. Ao optarem pela naturalização, perdiam automaticamente a cidadania de
origem. Entre 1992 e 1995, o governo italiano abre,
em vários países do exterior, um “período de anistia”,
durante o qual aqueles que se naturalizaram no Brasil,
por exemplo, poderiam reaver a cidadania italiana sem
perder a brasileira. Os filhos maiores de idade (18 anos)
desses emigrantes, contudo, não foram reconhecidos, o
que torna a Lei discriminatória. É exatamente essa situação que o Comites pretende mudar.
Segundo Francesco Perrotta, presidente do Comites
do Rio de Janeiro, o recente manifesto vem adquirindo
grandes proporções, pois vários países aderiram a ele.
“O abaixo-assinado começou na Argentina em maio
deste ano, mas agora está correndo todo o mundo”,
disse. “A intenção é recolher um número expressivo de
assinaturas e encaminhá-las à Comissão da Câmera de
Deputados italiana”. (Andressa Camargo)
Julio Vanni . [email protected]
FUNDADO EM MARÇO DE 1994
DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR:
Pietro Domenico Petraglia
(RJ23820JP)
DIRETOR:
Julio Cezar Vanni
VICE-DIRETOR EXECUTIVO:
Adroaldo Garani
PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO:
Editora Comunità Ltda.
TIRAGEM:
30.000 exemplares
ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM:
16/09/2004 às 17:30h
DISTRIBUIÇÃO:
Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Bahia, Minas Gerais,
Amazonas, São Paulo
REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:
Rua Visconde de Uruguai, 98
Centro – Niterói – RJ – Brasil
CEP: 24030-070
Tel/Fax: (21) 2722-0181 /
(21) 2620-6680
E-MAIL:
[email protected]
REDAÇÃO:
Andressa Camargo, Davi Raposo
e Gisele Maia
REVISÃO / TRADUÇÃO
Cristiana Cocco
DIAGRAMAÇÃO E ARTE:
Alberto Carvalho
COLABORADORES:
Franco Vicenzotti – Braz Maiolino
– Lan – Giuseppe D’Angelo (in
memoriam) – Pietro Polizzo
– Giovanni Crisafulli – Venceslao
Soligo – Marco Lucchesi –
Luca Martucci – Domenico De
Masi – Nanci Bernardi Minuscoli
– Vittorio Medioli – Franco Urani
– Francesco Alberoni – Rafaella de
Antonellis – Giovanni Meo Zilio Guido Sonino - Fernanda Maranesi
CORRESPONDENTES:
Ana Paula Torres (Roma)
Guilherme Aquino (Milão)
Comunità Italiana está aberto às
contribuições e pesquisas de estudiosos
brasileiros, italianos e estrangeiros.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores, sendo
assim, não refletem, necessariamente,
as opiniões e conceitos da Revista.
La rivista Comunità Italiana è aperta ai
contributi e alle ricerche di studiosi ed
esperti brasiliani, italiani e estranieri. I
collaboratori esprimono, nella massima
libertà, personali opinioni che non
riflettono necessariamente il pensiero
della direzione.
ISSN 1676-3220
Filiato all’Associazione
Stampa Italiana in Brasile
Egregio Sig. Petraglia,
S
ono rimasto letteralmente esterrefatto nel leggere l’articolo pubblicato su Comunità Italiana n. 80 del 25.7.2004, nella rubrica “Cose Nostre”, dal titolo Cônsul
Francesco Mariano na justiça pela permanência.
Il mio stupore non deriva tanto della notizia da Lei pubblicata sul mio ricorso
al Tribunale Amministrativo del Lazio, in merito al mio periodo di servizio all’estero, perché sono cose pubbliche, ma dall’interpretazione, di inaudita gravità, non
suffragata da nessun fondamento, secondo la quale, il fatto di ricoprire le funzioni di Console Generale a Rio de Janeiro, abbia molto pregiudicato il rapporto del
Governo italiano con la città di Rio de Janeiro.
L’altra interpretazione del tutto arbitraria, pure priva di qualsiasi fondamento, è
che la mia presenza a Rio de Janeiro avrebbe comportato l’assenza dell’Ambasciatore
nello Stato di Rio de Janeiro.
In base alla legge sulla stampa, n. 5250 del 9.2.1967, chiedo che, nel prossimo numero di Comunità Italiana, sia pubblicata la smentita di queste assurde dichiarazioni
che sono gratuite, gravemente offensive e lesive della mia dignità professionale.
Francesco Mariano
Console Generale a Rio de Janeiro
ASSOCIAÇÃO DOS HOMENS DONOS-DE-CASA
Para muitos italianos, bom mesmo é cuidar do lar
Começou com um grupo de três amigos de Lucca, região central da Toscana, em 1985. Hoje,
são quatro mil adeptos. A grande maioria deles é
casada. Eles lutam para que o trabalho doméstico seja reconhecido como profissão, reivindicam
aposentadoria e exigem seguro contra acidentes
domésticos. Tudo através da Associação dos Homens Donos-de-casa. Eles também têm tentado
mudar a mentalidade feminina: grande parte das
reclamações ainda vêm das próprias mulheres dos
associados, que acham que administrar a casa não
é tarefa para os marmanjos.
Mas eles estão cada vez melhores nisso: hoje
em dia, a Associação oferece cursos para os que
querem aprender as tarefas domésticas e ir ao supermercado. Estão incluídas aulas de conscientização ambiental, que orientam os alunos a utilizarem produtos biodegradáveis, por exemplo. Um
intensivo de três dias custa 120 euros, ou seja,
quase R$500,00. O último foi em fevereiro e, apesar do preço elevado, todas as vagas foram preenchidas nos dois primeiros dias de inscrição.
25 ESTRELAS
BRASILEIRAS BRILHAM
NO FUTEBOL ITALIANO
Quem acompanhar Campeonato Italiano de
futebol, que começou
no dia 11 de setembro,
irá conferir a atuação
de 25 brasileiros. Este
é o maior contingente
estrangeiro no torneio, que conta com 166 jogadores
de 44 países diferentes. Os argentinos são os segundos, com 22 representantes. Depois é a vez dos franceses, com 14, e os uruguaios, que somam 10.
R
ecebemos do cônsul geral do Rio de
Janeiro, Francesco Mariano, a carta ao
lado em que o ilustre diplomata contesta parte da notícia
divulgada nesta coluna sobre a sua demanda na justiça italiana para a prorrogação de sua presença no Rio de Janeiro.
Contesta o ilustre cônsul a maneira com que a notícia foi
enfocada quando informa que sua ação contra o Ministério
das Relações Exteriores estaria prejudicando o bom relacionamento entre o Governo italiano e o Rio de Janeiro, fato
notado a partir de ausência prolongada do embaixador Vinvenzo Petrone na antiga capital do País.
Em nenhum momento tivemos a intenção de ferir susceptibilidades ou prejudicar a boa imagem do cônsul Francesco Mariano que, pela sua fidalguia e desembaraço, conquistou o carinho e a admiração não só da comunidade italiana do Rio de Janeiro, como também da população carioca
ligada à vida diplomática. Como homem público, ele é passível do noticiário geral e das críticas da imprensa livre e
conscenciosa. Sendo assim, damos espaço à sua missiva e o
aplaudimos por ficar mais tempo entre nós.
ACIB TERÁ ELEIÇÕES
A Associação Cultural Ítalo-Brasileira realizará suas eleições em novembro, para a
Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal. Alegando problemas particulares, o presidente Luigi Filippo não renovará o seu mandato.
A ACIB mantém onze cursos de língua italiana, na capital e no interior, com
2.271 alunos matriculados e um orçamento anual de mais de um milhão de reais.
BRASILE, CUORE DEL MONDO
Já em sua quarta edição, o livro em epígrafe, de Ugo Guadalaxara,
editado em Firenze pela Editora Atheneum, se referiu à Comunità
italiana, na página 254:
“Il maggiore mezzo di comunicazione degli italo brasiliani, Comunità Italiana si stampa dal 1994 a Niteroi (Rio de Janeiro) ed é
diffuso da Manaus al Rio Grande do Sul (…). É in italiano e in portoghese, con notizie, interviste, polemiche, critiche, inchieste come
quella sul costo della vita in Italia dopo l’adozione dell’euro, con
molte tabelle, molti dati. Di rilievo, inoltre un inserto, ‘Mosaico’
Mosaico’ curato
dall’ Instituto italiano di Cultura, con scritti, fra gli altri, di Francesco Alberoni e Umberto
Eco. Entusiasta direttore, presidente ed editore di Comunità Italiana è Pietro Domenico
Petraglia, ulteriore direttore Julio Cezar Vanni, della grande ´dinastia´ Vanni-Equi. (…)”
REPRESENTANTE DO PAPA SE REÚNE COM LULA EM NOVA YORK
O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano, se encontrará com
o presidente Luís Inácio Lula da Silva. No dia 20 de setembro eles discutirão a
possibilidade da criação de um Fome Zero Mundial.
ITALIANOS VÍTIMAS EM ASSALTO NO LEBLON
O assalto ao prédio no Leblon, que resultou na morte do alemão Siegfried Otto Schön,
foi capa dos principais jornais cariocas do dia 11 de agosto. Em matéria do jornal O
Globo, o cônsul da Itália no Rio de Janeiro, Massimo Sassi, teria tido seu apartamento
saqueado. Mas Sassi negou que isso tenha ocorrido. Graças ao seu hábito de sair para
caminhar bem cedo, nada aconteceu com ele e com sua esposa, que estava na Itália.
Também morador do prédio, o chefe do Departamento Comercial do Consulado, Livio
Angeloni, que já havia saído para o trabalho, não sofreu nenhum dano, apesar de sua
mulher ter presenciado o assalto. Ainda assim, acredita que não ficará nenhum trauma.
Com um bom humor inabalável, diz: “São coisas da cidade maravilhosa. Quem achar que
é a mais violenta do mundo, que vá para Bagdá!”.
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Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
COMUNIDADE | Social
POLÍTICA | Comunidade
Italiani contro la povertà in Brasile
Il Ministro per gli Italiani nel Mondo Mirko Tremaglia ha partecipato,
a Rimini, al Convegno dal titolo ‘Il mondo nuovo è già cominciato’
RIMINI - Ha partecipato anche il Ministro per
gli Italiani nel Mondo Mirko Tremaglia al Convegno a Rimini, sotto il titolo ‘Il mondo nuovo
è già cominciato’. Nel corso dell’incontro si è
parlato di povertà in Brasile, di favelas, ma
anche della generosità e dell’altruismo di molti italiani in Brasile.
Il Ministro Tremaglia ha ricordato anche Rosetta Brambilla, un’italiana che ha dedicato la
sua vita all’aiuto dei favelados, i poveri abitanti
delle baraccopoli brasiliane e che il Ministero per
gli Italiani nel Mondo ha premiato. E “se nei posti sperduti del mondo dove non sono ancora arrivati televisione e spazzolino esistono fatti che
5
segnano l’inizio di un mondo nuovo” per Tremaglia
il “Mondo nuovo” è anche cominciato quando è
iniziato il rispetto assoluto dei diritti, “quando è
finita la discriminazione nei confronti di milioni di
cittadini, quando si è compiuta la democrazia”.
“E la democrazia si è compiuta – ha detto
Tremaglia – il 27 dicembre 2001, con la legge n.
459 sul voto degli italiani all’estero”. Il discorso
del Ministro per gli Italiani nel Mondo è stato
accompagnato da fragorosi applausi. Soddisfatto
Tremaglia: “Il calore di queste persone - ha commentato - riconosce il lavoro del Ministero per gli
Italiani nel Mondo e dell’importanza di far conoscere all’estero il Modello Italia”. (NIP)
Protesta
italo-brasiliana
a Belluno
L’assessore Zanon: favorire
il lavoro per gli emigrati che
rientrano nel Veneto
VENEZIA - “Comprendo la grave situazione in cui versano i nostri corregionali
di rientro dal Brasile. È proprio per questo che la Giunta Regionale del Veneto
ha approvato l’allargamento del Progetto
Rientro ai veneti di ritorno dai Paesi del
Sud America”. Sulla protesta degli italo-brasiliani a Belluno ha preso posizione l’Assessore regionale ai flussi migratori della Regione Veneto, Raffaele Zanon.
“Purtroppo il problema del lavoro - ha detto l’assessore - per chi è in attesa della
cittadinanza necessita di una vera e propria bonifica a livello, quantomeno, regionale. Come giustamente fanno notare
i nostri corregionali provenienti dal Brasile, ci sono delle provincie in cui la possibilità di poter lavorare non è negato,
e mi riferisco alla provincia di Treviso”.
“Sono necessarie quindi - secondo Zanon delle azioni che uniformino le direttive che
devono seguire le Questure in questi casi
specifici, in modo che sia garantito l’inserimento effettivo dei veneti di rientro dal
Sudamerica, i quali - e questo è un netto
distinguo rispetto a tutti i cittadini immigrati che chiedono la cittadinanza - sono
in attesa unicamente di un riconoscimento, che spetta loro di diritto. I discendenti dei veneti sparsi nel mondo infatti - ha
affermato l’esponente del governo veneto
- soggettivamente sono già cittadini italiani, ma oggettivamente chiedono solo un
riconoscimento formale di questo status”.
“Non è ammissibile - ha aggiunto - che
debbano aspettare troppo tempo per questo riconoscimento, e in questo senso invito tutte le amministrazioni interessate
da queste problematiche a velocizzare al
massimo le operazioni burocratiche. È necessario uniformare a livello regionale i
provvedimenti che riguardano chi è in attesa di cittadinanza. Ed è altrettanto necessario snellire l’iter burocratico che le
domande di cittadinanza devono seguire”.
“A breve - ha concluso Zanon - chiederò ai
Questori del Veneto un incontro perché si
trovi una linea comune nelle direttive da
adottare in questi casi specifici, in modo da
permettere l’inserimento effettivo dei nostri
corregionali di rientro da tutti i Paesi dell’America Latina, oltre al riconoscimento di
un loro sacrosanto diritto: sentirsi Italiani
a tutti gli effetti”. (Aise)
OSPEDALE UMBERTO I,
QUALCHE SPERANZA?
Prof. Vicente Amato Neto
intervistato da Venceslao Soligo
N
ella grande pubblicazione commemorativa del 1922 su “Gli italiani nel Brasile”
troviamo delle interesssanti referenze su
personaggi illustri della prima immigrazione italiana e molto si riferisce all’Ospedale Umberto I:
“Grandi difficoltà ha dovuto superare la colonia
per fondare, sostenere, sviluppare e condurre all’attuale grado di importanza dello Ospedale.
Dopo numerosi tentativi fatti per la scelta
del terreno, fra gli anni 1902-1903, finalmente
nel 1904 la colonia vide realizzato il suo sogno.
Il terreno scelto fu quello del Morro Vermelho
all’avenida Paulista, cioè nella parte più alta e
salubre della città”.
Non pochi medici si cimentarono in Brasile
da Gian Battista Libero Badarò conosciuto più
come giornalista dell’Observador Constitucional,
a Luigi Vincenzo De Simoni uno dei fondatori
della Società di medicina di Rio de Janeiro nel
1829 e molti altri. “L’Ospedale Umberto I, emanazione diretta della colonia italiana, incontrò
sin dai suoi inizi le speciali simpatie del conte
Matarazzo, chi é stato presidente del Consiglio
di amministrazione e personalmente ispezionava le infermerie, la farmacia, gli ambulatori, si
manteneva a contatto con le suore, coi medici,
cogli infermieri e dava a quell’amministrazione
quel carattere commerciale che non deve mancare, anche in una Opera Pia...”
Tra i nomi illustri ci sono Alessandro Siciliano,
Francesco Matarazzo, Giuseppe e Nicola PuglisiCarbone, Egidio Pinotti-Gamba, Giuseppe Martinelli, Guglielmo Poletti, Rodolfo Crespi, Antonio
De Camillis, Giuseppe Giorgi, Nicola Scarpa. Non
dobbiamo scordare la dedicazione e abnegazione
delle signore come Zina Puglisi, Maria PinottiGamba, Laura Siciliano, Marina Crespi, Mariangela
Jovane-Matarazzo, Filomena Matarazzo.
In questa intervista con il medico Vicente
Amato Neto, ex-segretario dello Stato di San Paolo
per la Salute, dal 1922 al 1923, scopriamo i motivi
che hanno portato all’interdizione dell’ospedale e
che esiste un grande interesse della comunità di
rivitalizzare l’assistenza ambulatoriale.
Comunità Italiana - Perché è stato chiuso
l’Ospedale Italiano in San Paolo? Come è la
situazione attuale?
Vicente Amato Neto - Da parte mia come medico
sin dall’inizio ho percepito l’importanza dell’ospedale sia per la comunità italiana che per la popolazione in generale. I servizi erano di un buon
livello con l’emodialisi, cardiologia neocirurgia,
dovuto allo sforzo che la comunità fece all’inizio
del secolo, e era alto il livello professionale dei
medici e di tutto il personale che aveva anche
un’attività assistenziale oltre che ospedaliera. Ma
in un certo periodo percepii un disinteresse generale nelle attività complessive, benché c’erano
ancora alcuni reparti con un buon servizio.
CI - Come trovò l’ospedale quando fu
alla Segreteria della Salute?
Amato - Nel 1992 quando fui Segretario
di Stato della Salute, sentii che avevo una buona opportunità per tentare ciò che molte persone
speravano e fu realizzato un programma di profonda rivitalizzazione dell’Ospedale, furono identificate tutte le carenze esistenti, si constatò che
la Fondazione era inoperante, con nomi famosi nel
suo direttorio ma che non apparivano mai e percepì anche della corruzione, un cittadino che poi
era il superintendente affittava il parcheggio per
le automomobili ed intascava i soldi. Nel nuovo
“L’interesse a
rivitalizzare
l’assistenza
ambulatoriale come
ospedaliera nella
comunità a riscosso
ampi consensi”
programma di attuazione rimovemmo questo individuo e ristrutturammo la Fondazione con nuovi
membri ed assunse la presidenza Guerino Tolomeo, persona di fiducia e di prestigio presso la comunità che io considero un eroe, un patriota.
CI - Come si procedette durante la sua permanenza come Segretario?
Amato - Il governo dello Stato di San Paolo all’epoca concordò ad investire 3 milioni di reais
come inizio della modernizzazione delle struttore ospedaliere e ci mettemmo al lavoro con
fiducia nel futuro.
Infelicemente dopo un anno nella carica di
Segretario della Salute fui dimesso perchè avevo verificato e denunciato un grande numero di
irregolarità. Come esempio posso citare l’attuale
“Operazione Vampiro” presso il ministero della Salute, ebbene uno degli implicati in questo
enorme schema di corruzione che è stato di recente arrestato, è un individuo che all’epoca attuava nella segreteria liberamente avendo l’appoggio del governatore al quale aveva finanziato
parte della campagna elettorale, e questo è solo
un esempio. Così fui licenziato, e appena girai le
spalle il governo, attraverso la Vigilanza Sanitaria
dello Stato, interdittò l’ospedale allegando condizioni inappropriate per il suo funzionamento.
Vicente Amato Neto, Luiz Gonzaga Bertelli
presidente CIEE, Francisco Dominici Neto,
coordinano di lavori della commissione
Credo che il programma che avevo messo sul
tavolo e nel quale il governo aveva dato inizialmente il suo appoggio avrebbe portato il complesso ospedaliero al migliore dei livelli dei suoi congeneri. Percepii però che da parte del governo non
ci fu sincerità di intenti, c’era qualcosa di losco nei
suoi schemi. Così l’ospedale fu chiuso nel 93/94,
sentii una certa tristezza anche perché il presidente Tolomeo si era coinvolto completamente in tutto il processo di ricuperazione, sia per patriottismo
che per abnegazione, ed avallò di prima persona il
prestito govenativo pagandone le consequenze.
CI - La comunità italiana aveva un legame con
questo ospedale?
Amato - Non era solamente della comunità, così come gli altri ospedali in San Paolo, come
il Santa Catarina dei tedeschi, l’israelita Albert
Einstein, la Beneficenza Portoghese, il Sirio-Libanese, il Santa Cruz dei giapponesi ed altri,
tutti loro hanno lo spirito della comunità, ma
oggi non si possono definire come strettamente
della colonia, sono obbligati ad integrarsi al sistema nazionale della Salute, ma il loro vincolo
sentimentale è con la colonia.
CI - Come si trovava la situazione finanziaria
in relazione alla famiglia Matarazzo che tanto
investì in quest’opera?
Amato - Quando facemmo il programma di rivitalizzazione c’era anche un piano per regolarizzare i conti con la famiglia Matarazzo ed altri e
vedere cosa apparteneva a chi.
CI - Come entrò in questa storia il fondo di
Pensione del Banco del Brasile, la PREVI?
Amato - Seppi di tutto ciò attraverso i giornali,
come la Previ entrò in questa storia non ne ho
la minima idea.
CI - Tutto questo non era stato prestabilito
con l’intervento del Governo?
Amato - Tutto ciò è servito come una miccia per
riaccendere l’interesse della comunità che è rimasta risentita, rattristata da tutto questo poco
chiaro operato dalle parti coinvolte.
Così il 18 marzo scorso nell’insediamento
della nuova direzione della Società medica italo-brasiliana, SOMIB, l’idea di accludere nel suo
programma di attuazzione l’interesse a rivitalizzare l’assistenza ambulatoriale come ospedaliera
nella comunità a riscosso ampi consensi, così
abbiamo messo assieme circa 40 persone creando una commissione per studiare le varie possibilità aperte per la migliore scelta al fine di
ridare alla comunità italiana di San Paolo e alla
popolazione tutta un Ospedale Italiano.
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Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
CULTURA | Literatura
CULTURA | Literatura
imagens da itália
Marco Lucchesi
Um homem de idéias
José Castello vem construindo uma sólida carreira literária, estritamente
séria, complexa, atravessada por um sopro de poesia e máximo de
rigor. Intelectual de marca, não abandonou o jornalismo, do qual herdou
uma forma clara, precisa e urgente. Tais foram os requisitos para tratar
de Vinícius de Moraes, João Cabral e de Clarice Lispector, dentre
tantos outros, como vemos em Inventário de sombras.
Lucchesi - Castello, é impossível começar essa entrevista – pelo menos para mim – sem
evocar os tempos áureos do Jornal do Brasil,
em que você dirigia dois prestigiosos suplementos culturais: Idéias-Livros e IdéiasDebates. Resuma algo desse belo período.
José Castello - Foi uma experiência crucial em
minha vida, uma ruptura, que terminou por me
empurrar, de vez, para a literatura. Devo muito,
antes de tudo, ao Roberto Pompeu de Toledo, editor-executivo do JB para a área de cultura, meu
superior direto, um jornalista muito culto, com
notável vocação para historiador, e um grande escritor também, que me ajudou a pensar o caderno. Soube ainda conter e domesticar meus exageros e enganos. Havia também a presença constante de outros dois grandes jornalistas: Flávio
Pinheiro e Marcos Sá Correa que, com o Pompeu,
formavam o trio diretor da redação. Sem eles, teria sido impossível todo o investimento que se fez
no Idéias: seu desdobramento em Idéias/Livros e
Idéias/Ensaios, o pagamento digno aos colaboradores e a aposta em temas ousados e inesperados. É indispensável registrar ainda minha
imensa gratidão ao amigo Wilson Coutinho, que
infelizmente nos deixou no ano passado. Ele era,
formalmente, meu subeditor, mas na prática não
só funcionava como co-editor, como foi o autor
de algumas das mais brilhantes idéias postas em
prática nos dois cadernos. Enfim, tive a sorte, o
luxo, de contar com o apoio de profissionais de
primeiríssima qualidade, e de fazer dois cadernos
que tinham uma importância enorme na vida cultural do Rio de Janeiro. Mais que nunca, eu mergulhei nos livros e na literatura. E assim consegui
definir, de vez, um desejo que abrigava dentro de
mim desde menino, o de me tornar escritor.
Lucchesi - Os ideais de Utopia e Revolução
são possíveis para os tempos atuais ou ficaram – como querem alguns – soterrados nos
anos 80-90 do século XX?
Castello - Soterrados não, nunca. Utopia e revolução são, na verdade, duas maneiras de falar do
sonho e da imaginação, e sem sonhar, sem dar
asas à fantasia, o homem e a sociedade não podem se transformar. Ocorre que, hoje, já não temos mais o direito de alimentar sonhos e utopias
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sem conservar, ao mesmo tempo, um pé bem fincado na realidade. Os melhores sonhos são aqueles que podem ser realizados. Sonhos impossíveis,
ideais distantes e fantasiosos, utopias que não
levam em conta a diversidade da vida e os limites
impostos pelo real, não me interessam! Creio que
esses ideais “puros” têm servido, ao contrário,
como desculpa para o imobilismo, para a vitimização, para uma espécie muito sutil, mas cruel,
de masoquismo. E, também, para grandes fanatismos. Não somos vítimas de nada, nem do destino,
nem do poder, nem de nós mesmos. Temos o dom
da vida, que é maravilhosa e espantosa, e nos
cabe vivê-la intensamente, mas também serenamente. Sonhar sim, mas sempre com um olho bem
aberto. Até porque aquilo que podemos mudar é
“Reflexão e
organização de
idéias: essa é a saída
para o jornalismo
cultural e para
todo o jornalismo
escrito”
sempre muito pouco, está sempre muito aquém
de nossos desejos e esperanças. A isso Freud chamou de castração, essa dolorosa experiência de
aceitar o quanto somos pequenos e o quanto é
difícil mudar, mesmo nas menores coisas.
Lucchesi - Pela enésima vez, a pergunta que
lhe fazem – em razão justamente de sua trajetória: qual será o destino dos suplementos
culturais? E em que medida é possível ampliar o espaço para os livros, poemas, ensaios
e debates culturais?
Castello - É difícil fazer previsões. Antecipar o
futuro, mesmo próximo, é não só perigoso, como
pode ser até arrogante. Em todo caso, penso que
o destino dos suplementos culturais está atrelado
ao destino da imprensa escrita no mundo de hoje. Infelizmente, com a explosão da TV a cabo, da
internet, da notícia instantânea e imediata – que
são uma grande conquista! – os jornais escritos
passaram a achar que sua função é a de concorrer
diretamente com esses novos veículos. O que é
um completo absurdo: ninguém vai esperar o jornal de amanhã para ler a notícia a que pode ter
acesso nesse momento, seja na CNN, Globonews,
Bandnews, seja no site do Globo, ou do Estadão,
por exemplo. Num tempo de notícias instantâneas, em que você pode assistir, agora, ao vivo, a
um atentado na Espanha, ou a um bombardeio
no Iraque, a função da imprensa escrita passa a
ser, sobretudo, a da reflexão, a da organização
de idéias, a da meditação. Nesse sentido, se pensarmos bem, os suplementos culturais não estão
acabando, ao contrário, eles passariam a ser os
cadernos principais dos jornais, os “primeiros cadernos”, e um resumo das notícias do dia viria,
então, num “segundo caderno”. Essa inversão de
perspectivas, me parece, é não só a saída para o
jornalismo cultural, como a única saída para todo o jornalismo escrito. Mas, quando digo isso,
ainda me sinto bastante solitário...
Lucchesi - Quando li – faz algum tempo
– um ensaio seu sobre Leonardo da Vinci,
tive a certeza de que o seu destino era o
de ser escritor. Havia matizes. Colorações.
Intensidades. Você acha que houve um rito de
passagem para o escritor ou tudo se encaminhou de modo natural?
Castello - Muito difícil responder. Em todo caso,
creio que estamos sempre num “rito de passagem”, que nunca chegamos a ser inteiramente alguma coisa – um escritor, por exemplo – e que é
essa condição de movimento, essa condição “entre” que nos mantém vivos e criativos. Tornei-me
escritor, mas continuo a ser jornalista: faço crítica literária, entrevistas literárias, enfim, continuo
a ser um repórter, e aliás me orgulho muito disso!
Gosto muito dessa dupla identidade, jornalista e
escritor, um pouco como os super-heróis.... Ela
me dá mobilidade, liberdade. O crítico Wilson
Martins, por exemplo, escreveu que minhas crôni-
cas (cuja seleção saiu em As melhores crônicas de
José Castello, Global Editora, organização e prefácio de Leyla Perrone Moisés, 2003) são, na verdade, contos. Já disseram, também, que minha
biografia de Vinicius de Moraes (O poeta da paixão, Companhia das Letras, 1993) é um romance!
E que meu livro de retratos literários (Inventários
das sombras, Record, 1999) é, a rigor, uma coletânea de contos. Há gente que acha até que meu
romance Fantasma (Record, 2001) é uma autobiografia disfarçada! Enfim, me sinto muito confortável nessa fronteira de gêneros. Essa posição
fronteiriça me dá não só muito mais autonomia,
muito mais coragem, como faz com que eu me
sinta mais próximo do mundo movediço e fragmentado em que vivemos.
Lucchesi - As biografias de Vinicius e Cabral
revelaram coisas importantes ou ignoradas.
Abrangiam um sistema. Uma totalidade poética e vital. Depois, segui os rastros de uma
nova abordagem, a do livro Inventário de sombras, onde se percebe um estilo que se torna
mais breve e concentrado, como se fossem
contos. Vejo outro sinal de transformação
nessa passagem do “grande” ao “pequeno”?
Castello - De fato, quando escrevi O poeta da
paixão, meu primeiro livro, ainda me sentia preso ao modelo clássico da biografia, aquele que
pretende “contar tudo”. Gosto muito do livro que
fiz, ele guarda bastante a minha cara, se parece
com o que acredito que sou. Mas, ainda assim,
sei que ele não é um livro perfeito, conheço todas as falhas, os buracos, as imprecisões, as imperfeições que guarda. Já pensei até em escrever
um segundo livro sobre isso, que se chamaria O
que não sei de Vinicius. Foi meditando sobre isso
de estarmos definitivamente presos a nosso próprio olhar, sempre parcial e imperfeito, que resolvi, a partir de O homem sem alma, livro sobre
João Cabral, não me preocupar mais em “contar
tudo”, mas em relatar aquilo que vejo e sinto. No
caso, o meu próprio olhar sobre João. Foi esse
confronto com a imperfeição e minhas próprias
limitações, eu creio, que me lançou em direção a
uma literatura mais compacta e mais pessoal.
Lucchesi - Curitiba, a cidade e o romance.
Penso na sua personagem, a do Paulo Leminski,
vagando através do fantasma que você construiu, em delicadas remissões, ou concentradas
desaparições, num ritmo seguro e envolvente.
Como tem sido a reação dos leitores?
Castello - Para ser sincero, não creio que meu
romance tenha sido muito bem compreendido.
Mas, também, não sei se escrevemos um romance para que ele seja compreendido, ou ao contrário, para que provoque perplexidade, desconforto, inquietação, desassossego. Leminski, na
verdade, talvez nem chegue a ser um personagem de meu romance, ele é só uma obsessão do
narrador, o arquiteto. O arquiteto ouve uma frase
absurda (“Paulo Leminski não morreu”) e, apesar
de saber que Leminski está morto e enterrado,
sai por Curitiba em sua busca. É uma busca fadada, desde o início, ao fracasso, mas não estamos
todos, desde o início, fadados à mortalidade? E
nem por isso deixamos de viver intensamente e
de buscar intensamente. Fantasma, eu acho, é
um romance de aventuras. Embora tenha muita
ação, uma longa peregrinação pela cidade e o
entra e sai de vários personagens secundários,
é uma aventura interior. O que quer o arquiteto,
quando sai em busca de algo que, já sabe, ele
não irá encontrar? Parece-me que ele quer, apenas, viver, sentir-se vivo, e nada melhor que a
aventura para isso.
Lucchesi - A sua versão do fazer literário: disciplina, desespero ou compulsão?
Castello - Tudo junto, e um pouco mais. São
muitos sentimentos complexos que me levam a
escrever. Ora predomina o desejo de me superar,
ora o de expor uma visão de mundo, ora o de
simplesmente ser “ouvido”. Ora escrevo apenas
para existir, ou até para me tranqüilizar e me
divertir! Gosto muito de escrever. Claro, há uma
parte braçal, de busca das palavras exatas, de
convivência com a autocrítica exacerbada, de
imenso cansaço mental mesmo. Mas isso se compensa com o prazer que dá, o de estar envolvido
numa aventura que inclui apenas palavras, que
se passa unicamente em sua cabeça, cujo desti-
“É comum estar
viajando pela Itália
e, de repente,
chorar sem razão
alguma. É muita
beleza e isso
também é difícil
de suportar!”
no depende apenas de você e de mais ninguém.
Eu acho que a literatura é, antes de tudo, uma
aventura interior. Mesmo para o escritor mais realista, mais pragmático, mais preso aos fatos e
“sem sentimentos”, ela é uma aventura interior.
Lucchesi - Mas você também é um homem do
mundo, um ser em trânsito. Sei de suas viagens, passagens, reflexões. O Egito, a Itália, e
tantos outros países...
Castello - Realmente gosto muito de viajar.
Já estive no Egito, na Grécia, no Marrocos, no
México, conheço quase toda a Europa, e em particular a Itália. A Itália é um país muito belo,
porque é forte e excessivo: excesso de beleza, de
sentimentos, de cores, de diversidades. É muito
comum estar viajando pela Itália e, de repente,
eu ter umas crises de choro, sem razão alguma,
lágrimas compulsivas sem explicação – não por
infelicidade, mas o oposto! É muita beleza e isso
também é difícil de suportar! Mas, na verdade,
tenho uma relação contraditória com as viagens,
porque gosto muito de estar em casa, em meu
canto, com minha gente, meus livros e meu cachorro. Então, para mim, mesmo a mais bela das
viagens significa a experiência da saudade. E sou
muito fraco para separações, elas me destroem.
Mas, esse aspecto solitário e doloroso das viagens, se me pesa, tento também tirar algum partido dele. O sentir-se desligado de seu mundo, de
sua rotina, de suas referências, tudo isso nos permite olhar nosso próprio mundo à distância e vêlo de outras perspectivas. Quando viajo, seja para o Egito, a Itália, ou onde for, estou, um pouco
também, viajando para meu próprio mundo, já
que, na distância, consigo observá-lo e senti-lo
de outra maneira. Resultado: quando volto, nunca é para o mesmo Brasil, e isso é também uma
parte muito importante das viagens.
Lucchesi - Ouvi falar de seu novo romance.
Quais os caminhos?
Castello - Pergunta complicada, a mais complicada, porque é sempre muito difícil, quase impossível, e também perigoso, falar de um trabalho em andamento. Mas vamos tentar responder,
em nome de nossa bela amizade! Desde que cheguei a Curitiba, há dez anos, venho rascunhando,
precariamente, em cadernos, em disquetes, em
blocos, três histórias longas. Elas me saíram assim, meio embaralhadas, e já cheguei a acreditar
inclusive que seriam três histórias entrelaçadas
de um mesmo e longo romance, mas depois entendi que, na verdade, são três livros diferentes.
Elas se tornaram logo obsessões. Ora estou mais
preso a uma, ora a outra, isso varia, mas elas
estão sempre no meu pé! Nesse sentido, são o
oposto do Fantasma, um romance que me saiu
de repente, eu não diria contra a minha vontade,
mas independente dela. Explico: eu tinha recebido a encomenda de um ensaio sobre Curitiba.
Tentei escrevê-lo, mas não conseguia me afastar
de um mar lamentável de lugares comuns. Estava
bem abatido e, para me consolar, comecei a rascunhar, de brincadeira, quase que como um jogo,
a história de um arquiteto que tinha escrito um
ensaio sobre Curitiba, que odiava o ensaio que
escreveu e, por isso, resolveu destruí-lo. Essa
história do arquiteto foi se impondo com tal intensidade que, em dado momento, desisti do ensaio sobre Curitiba (no que fiz muito bem, aliás!)
e passei a me dedicar só à história do arquiteto
– que se transformou em Fantasma. Pois bem,
chegou a hora de acertar as contas com as três
histórias que me atormentam há tantos anos. Já
escolhi uma delas e comecei a trabalhar no que
será meu segundo romance. Prefiro não falar sobre ela, porque hoje é uma coisa mas, você sabe,
amanhã pode ser outra completamente diferente.
Temos um fragilíssimo controle sobre aquilo que
escrevemos, a parte maior daquilo que escrevemos apenas se impõe e nem sabemos por que. E
é justamente por isso, pelo que guarda de imprevisível e de surpreendente, que a literatura é uma
aventura tão bela.
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Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
SOCIAL | Atualidade
SOCIAL | Atualidade
Scuola della pace
La cultura
nuova della
riconciliazione
nasce
attraverso
il processo
educativo
I
conflitti che il vecchio secolo ci ha consegnato non sono stati purtroppo debellati e il nuovo millennio si apre su un panorama che vede
nascere focolai di violenza e di guerra ingiusta accanto a movimenti di nonviolenza e di pace che a
livello planetario si sono manifestati con forza.
Abbiamo intervistato il professor Rocco
Altieri, docente presso la facoltà di Scienze
della pace dell’Università di Pisa, direttore
responsabile di Satyagraha (etimologicamente, il
potere della nonviolenza che agisce nei conflitti
per trasformarli e trascenderli verso realtà di
Pace), per capire un pò di più le dinamiche
legate ai modelli culturali che permeano le
scelte etiche e politiche delle nazioni.
Comunità – Se la cultura è il principio che
organizza i processi psichici, come capire il
conflitto che genera azione violente?
Rocco Altieri - La chiave di comprensione del
superamento del conflitto in modo non violento
è il tema della cultura. Questa è la dimensione
attraverso la quale gli individui diventano consapevoli del conflitto e rispetto al quale possono farsi carico delle ingiustizie passate e di
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distorsioni perpetrate dalla storia. Un’autentica
pace si può realizzare se avviene un riconoscimento dell’altro come uomo, un riconoscimento
della propria violenza, .
In Palestina, per esempio, la violenza colpisce tutte le parti, non c’è un vincitore ma una
condizione comune di vittime di tutte le parti in
conflitto. Uscire da questa situazione sembra un
conflitto irrisolvibile; è possibile solo agendo attraverso un processo di crescita culturale, presa
di coscienza della propria situazione e dell’altro,
di rimozione delle ostilità e dei traumi passati.
CI - Nel panorama dei conflitti mondali, Afganistan, Iraq, Palestina, come è possibile superare la guerra?
Altieri - Nell’ultimo numero di Satyagraha affronto proprio le questioni della pace nel mediooriente attraverso i saggi di studiosi autorevoli
come Gopin, Lederach, Avruch, Abu-Nimer, Dogliotti Marasso, La Pira.
Oggi il conflitto israeliano è uno dei più terribili: è quasi un secolo che si trascina e sembra senza via di uscita. Gopin, un rabbino per
la pace che lavora nelle Università americane,
è stato attivo come intermediario tra Clinton e
Arafat; alla fine della sua opera di mediatore, si
interroga perché è fallito e da qui vuole ripartire. Ritiene che il fallimento è nato proprio dal
fatto di considerare il conflitto soltanto in una
dimensione politica di dare e avere – l’autonomia, i territori, la pace.
Si è avviata una trattativa che ha riguardato
solo i rappresentanti della politica, ma non la
popolazione che invece doveva essere coinvolta
in un processo proprio di tipo culturale: promuovere l’idea di vivere in una terra federale, dove i
due popoli possono stare insieme senza muri.
Per arrivare a questo la trattativa politica
serve molto limitatamente: c’è bisogno di un
lavoro culturale di incontro in cui i luoghi santi – siamo in Terrasanta dove sono nate tutte e
tre le religioni monoteiste – non devono essere intesi come una appropriazione esclusiva da
Copertina della rivista Satyagraha
parte di una religione ma devono essere proprio
i luoghi della memoria, quindi non più motivo di
divisione ma simbolo di unione. Così per le sorgenti d’acqua, la terra, modernità e tradizione,
modelli di sviluppo agricolo industriale.
In Iraq si vede proprio il fallimento della violenza. Non si aiuta una popolazione a costruire la
democrazia con l’esercito a imporre la volontà di
dominio. Credo che nei confronti dell’Islam noi
saremmo tenuti ad avere un grande rispetto... sono un miliardo, una parte significativa del mondo e sono i nostri dirimpettai nel Mediterraneo…
l’Europa dovrebbe aprirsi al Mediterraneo… del
resto il mondo romano lo aveva compreso… le
migrazioni dei popoli si spostano dove vengono
dirottate le risorse anche perchè tutta questa
abbondanza noi la preleviamo, non è “locale”.
CI - L’Educazione può essere una via di riconciliazione per la pace?
Altieri - E’ ovvio che la cultura nuova della riconciliazione nasce attraverso il processo educativo, che è il perno di tutto questo lavoro, per
creare una nuova generazione aperta e solidale
al di là delle differenze perché il punto sostanziale è che c’è qualcosa che unisce molto di più
di ciò che divide. L’umanità è una, quindi una la
capacità di intendersi, e le emozioni sono comuni a tutti gli uomini.
E’ ovvio che è un’educazione che tiene conto,
come anche la cultura, non soltanto dell’aspetto
razionale ma anche dell’aspetto emotivo.
CI - Martin Buber afferma che alla fine della vita quello che conta è quanto un uomo è stato
autentico, degno di fiducia, genuino come individuo che forma e appartiene alla società. Può
essere anche questa una via da perseguire?
Altieri - In Palestina, come in tante parti del
mondo, la nonviolenza agisce attraverso tante
gruppi che non appaiono, non sono visibili perché i mezzi di trasmissione delle notizie e delle
informazioni pongono l’attenzione sempre quasi
esclusivamente quando avviene un fatto tragico.
Buber si pone questa domanda alla fine della vita; in realtà un ragazzo se la pone quando si affaccia alla vita perché cerca una realizzazione.
La cosa triste invece è che il sistema sociale è
tale da frustrare le aspirazioni più autentiche perché oggi un giovane non è più padrone della propria vita. C’è un precariato diffuso, una “violenza
strutturale”, la chiama Galtung, e i giovani sono
le prime vittime, alla ricerca di un lavoro che sia
appagante. Il sistema sociale, invero, vuole dei
giovani per sfruttare, ma senza diritti. La possibilità di decidere della propria vita viene negata
ed è causa di sofferenze che portano all’aumento
di suicidio, perdita del senso della vita… rispetto a questo vedo che se c’è veramente una fascia
di emarginazione che però è minoritaria mentre
sta crescendo molto la voglia di impegno sociale
e politico – anche fuori magari della forma Istituzione partitica. Ci sono tantissimi giovani che
preso il diploma, prima ancora di iscriversi all’università preferiscono fare questa esperienza di
solidarietà diffusa nelle iniziative per la pace, nel
volontariato… credo che la solidarietà attiva poi
diventi il modo migliore per educarsi perché questo deve essere un processo non imposto dall’autorità. Noi siamo legati ancora troppo al modello
autoritario della scuola dove c’è il docente che insegna e il ragazzo che apprende. L’idea invece di
D. Milani come di Paolo Freire in Brasile era quella
di condividere un cammino dove c’è un mutuo insegnamento per un progresso reciproco.
Anche Freire parlava di “coscientizzazione”
che significa appunto prendere consapevolezza
dei propri diritti e non rifiutare il conflitto perché
magari è necessario lottare per ottenere questi
diritti. Nonviolenza non è passività ma è invece
impegno di verità – Satyagraha - per costruire la
giustizia e avviare poi un processo di liberazione.
CI - Aldo Capitini parlava di “epoca profetica”: a cosa si riferiva?
Altieri - Gli adulti dicono “i giovani cedono al
mito della violenza”. Io invece ho un’altra percezione. Ora in realtà c’è da parte delle nuove generazioni un risveglio d’interesse alla solidarietà:
ragazzi che partono per il sud del mondo e ce ne
sono tantissimi anche se questo non viene evidenziato. La legge sul servizio civile che ha coinvolto soprattutto le donne (pare che siamo arrivati già a una richiesta di 60.000 domande) è una
scelta a favore della pace, non è un arruolamento
militare; hanno scelto di dedicare un anno della
propria vita in un’attività utile agli altri.
Quindi sarei assolutamente fiducioso rispetto alle nuove generazioni; questi sono indicatori
di una profezia che dà speranza. Vedo invece che
gli adulti vogliono magari distorcere, strumentalizzare, soffocare questa aspirazione e ricerca
autentica dei giovani.
CI - Costruire la pace…
Altieri - I conflitti hanno un alone d’ambiguità
non risolvibile in modo netto e secondala logica
binaria di vero e falso, giusto e sbagliato. Più
utile è il ricorso a una ermeneutica “sfumata”,
che tiene insieme le dissonanze, i paradossi e le
ragioni di tutte le parti del conflitto.
Trascendere la logica binaria significa esaminare quel cono d’ombra che comprende le emozioni, le cosmologie profonde che condizionano
lo svolgimento del conflitto e che non sono riducibili alla sola razionalità. Fernandez paventa
una soluzione possibile tra intenzione e azione
positiva parlando della metafora, non in senso
aristotelico di figura retorica ma come qualcosa legata al processo cognitivo che include la
memoria e la razionalità, la cultura e la comunicazione. Marc Gopin sostiene che si può costruire la pace se si sviluppano nuove metafore che
siano capaci di far comprendere agli avversari i
punti di vista dell’altro - l’immedesimarsi nell’altro -, che la scuola dell’interazionismo simbolico
chiama Sé generalizzato.
Se le vittime non ricevono un riconoscimento dei torti subiti spesso prevale il senso dell’ingiustizia e la memoria fa crescere la paura che
tutto possa ripetersi. Occorrono metafore di verità, pentimento, riparazione.
I rituali possono aiutare per mezzo dei linguaggi metaforici a curare le ferite: si pensi ad
un funerale, teatro spesso di odio e rivendicazione. Alcuni gruppi di Parent’s Circle – una associazione che unisce le famiglie delle vittime
– nella rielaborazione della perdita subita prendono coscienza della comune condizione di vittime della violenza e rafforzano così la propria
volontà di pace.
CI - Quale finalità e prospettiva di lavoro offre questo corso di laurea.
La guerra è
un sintomo di
malattia che ha
bisogno di persone
che abbiano
gli strumenti
conoscitivi
Altieri - Se la guerra ha bisogno di un apparato
militare per produrre soldati, l’Università e gli
operatori di pace hanno bisogno di un luogo di
studio, di formazione.
Da tre anni siamo riusciti per la prima volta
in Italia ad avere a Pisa questo luogo perché, si
ritorna al discorso iniziale, la cultura occidentale
prevalente ha sempre ritenuto che la guerra fosse
un fatto inevitabile. L’uomo si impegna a combattere le malattie, e successi ne ha avuti, si pensi
alle scoperte scientifiche, l’igiene, le medicine.
Possiamo allora immaginare anche la guerra
come un sintomo di una malattia che va curata e
quindi ha bisogno di persone che abbiano gli strumenti conoscitivi per risolvere i problemi e quindi
sanare le situazioni, prevenire il conflitto e trovare
delle modalità di soluzione. Servono professionisti
del dialogo, della mediazione, dell’educazione.
Una società ha Educatori perché non vuole
che ci siano cittadini in guerra gli uni con gli
altri. Questo vale a livello planetario, nella società mondiale, quindi risolvere i problemi della
violenza ha un valore universale.
Dove si sono potenze c’è bisogno di persone
che siano mediatori e operatori di pace.
Nel corso di laurea si studia come agire ai
vari livelli – economico, politico, psicologico,
sociale, culturale – per costruire una rete che
porti fuori dalla guerra. Molti hanno guardato
con scetticismo alla nascita di questa facoltà,
ma dove la guerra dilaga c’è bisogno di operatori di pace; anzi il detto evangelico “il campo
è grande ma gli operai sono pochi”, vale anche
in questo caso.
Ovvio che chi va a lavorare nell’ambito della
pace ha bisogno di un minimo di generosità…
ma attenzione, il militare rischia molto di più…
è quando ti presenti armato che inneschi un
meccanismo di ritorsione…
Maria Coppolecchia
Laureanda in Scienze della
Formazione Università di Macerata
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CULTURA | Música
CULTURA | Música
Tropitália
presenta legami tra
MPB e musica italiana
Ciò che esiste
di più attuale
nel mercato
fonografico italiano
sarà a disposizione
del pubblico a Rio
de Janeiro
Andressa Camargo
L
’esposizione Tropitália: a nova música italiana è stata aperta al pubblico il 9 settembre nel Centro Cultural da Justiça Federal – Rio de Janeiro. Per chi ancora non conosce artisti di grande successo in Italia come
Jovanotti, Pino Daniele, Franco Battiato o Vasco Rossi, ecco un’opportunità
per aggiornarsi e, anche per chi ne è già fan, non mancano sorprese.
La mostra è stata divisa in tre spazi tematici che occupano 400 m2 del
secondo piano del Centro Cultural. La prima sala ospita immagini di 20 di
questi cantautori che compongono lo scenario attuale della musica italiana. I visitanti possono assistere a vari videoclip, vedere foto e scoprire
curiosità sugli artisti. Tutto allo stesso tempo, dato che questo materiale, specialmente montato per l’evento, viene esibito da otto proiettori
multimedia. Nel secondo spazio si trova un omaggio ai nomi della musica
brasiliana che hanno fatto successo in Italia negli ultimi 30 anni. Il pubblico può vedere, su grandi pannelli, versioni italiane di parole di Chico
Buarque, Tom Jobim, Toquinho, Vinicius, Djavan e Adriana Calcanhoto, tra
gli altri. Visto che la sala è insonorizzata, le melodie vengono sentite in
sottofondo. Nell’ultimo spazio è messa in evidenza l’opera di Sergio Pappalettera che, oltre al lavoro di regista di videoclip, è anche il designer
responsabile per la creazione di innumerevoli copertine di CD di questa
generazione di nomi italiani poco conosciuti in Brasile.
Inoltre, nel Teatro del Centro Culturale ha avuto luogo, alle 19.30 dei
giorni 9, 10 e 11 settembre, un concerto di Franco Cava , cantautore carioca che è diventato famoso in Italia dopo aver lanciato sul mercato un
intero CD con versioni in portoghese dei lavori di Jovanotti, sui quali ha
inserito un po’ di ritmo di samba. “Franco si è sempre dedicato molto agli
studi della musica italiana. Parlarne con lui è stato la scintilla che mi ha
acceso la curiosità ed è stato il punto di partenza per Tropitália”, racconta Antonio Cava che, come si capisce dal cognome, è fratello di Franco.
“Franco avrà degli ospiti, uno al giorno, ma i nomi ancora non sono stati
definiti. Li stiamo scegliendo a dito”, aggiunge Antonio.
Invece per la cerimonia di apertura di Tropitália – che ha avuto luogo
l’8 settembre, solo per invitati – si sono fatti presenti personaggi importanti, come il protagonista della mostra Sergio Pappalettera e Max de Tomassi, giornalista responsabile per alcune delle versioni italiane di canzoni
brasiliane, come Âmbar, di Adriana Calcanhoto.
Redattore e presentatore di un programma di radio sul Brasile a Roma, Max ha detto a Comunità
che l’organizzazione di una mostra come questa
è fondamentale per “ufficializzare la relazione
d’amore esistente da anni tra le culture popolari
italiana e brasiliana.”
Secondo Antonio Cava, Tropitália servirà anche
per rafforzare, nelle più
recenti generazioni di
discendenti, l’interesse
per la cultura della loro
terra di origine. “Loro
devono sviluppare i
propri mezzi di identificazione con l’Italia
e smetterla di vivere
i ricordi dei genitori”,
ha detto. Comunque
l’esposizione è stata
allestita per attrarre persone di tutte le
età e nazionalità: “Ho
cercato di creare l’ambiente propizio affinché tutti si emozionino con queste canzoni”, ha aggiunto.
UNA GENERAZIONE
COSMOPOLITA
musicale a partire dall’assimilazione di esperienze straniere attraverso la Musica Popolare
Brasiliana – la MPB.
Malgrado siano cosmopoliti, la maggior parte di questi cantautori italiani ancora non ha
conquistato un pubblico fedele in Brasile. Ma
visto che il legame culturale tra i due Paesi è
sempre stato molto forte, Antonio crede che,
prima o poi, il mercato brasiliano li apprezzerà. “Riconosco
vari indizi di questa
ricettività: dobbiamo
considerare che l’artista più quotata in
Brasile, campione di
vendite, Marisa Monte, ha avuto un grande successo con Bem
que se quis, versione
di una canzone di Pino Daniele, “E po’ che
fa’. Quem de nós dois,
di Ana Carolina, è una
canzone di Gianluca
Grignani”, ha spiegato, mettendo in
risalto che le icone
della musica leggera
romantica come Laura Pausini, Eros Ramazzotti ed Amedeo
Minghi finiscono con
l’aprire la strada alle
produzioni meno conosciute in Brasile.
Questo può essere
provato, secondo Antonio, dal fatto che
uno dei CD più venduti in Brasile negli
ultimi mesi è una collezione di temi italiani per telenovelas
(Som Livre), in cui famose canzoni romantiche
dividono lo spazio con le produzioni dei più
giovani: “Lí troviamo Tiziano Ferro, per esempio, con le sue influenze del pop inglese e del
blues americano”.
“Questa
generazione
presenta
una sonorità
cosmopolita e viene
a provare che la
musica leggera
italiana non è
costituita soltanto
dalla canzone
romantica. Stiamo
parlando di persone
che riescono ad
unire il pop al rap o
al blues”
Antonio Cava che,
oltre ad altre cose,
ha già organizzato
una grande mostra
su vita e opera di Federico Fellini, sempre
presso il Centro Cultural da Justiça Federal, ci ha raccontato
che durante mesi si
è dedicato personalmente alla ricerca dei
migliori nomi dell’attuale mercato fonografico
italiano per fare questo lavoro: “Ho deciso di
visitare i più grandi negozi di CD di Roma. Entravo in uno e rimanevo là dentro quasi 4 ore.
Ne uscivo e entravo in un altro. Ascoltavo tutto ciò che era lanciato sul mercato. Le guardie
di sicurezza mi guardavano già un po’ in cagnesco”, scherza.
Antonio spiega che nelle opere di questi artisti esiste un grande denominatore comune: la mistura, l’eclettismo. Indagando le loro biografie in
Internet, dice di aver scoperto influenze non soltanto nordamericane, ormai egemoniche in tempi
di globalizzazione, ma pure africane, pachistanesi, irlandesi e, soprattutto, brasiliane. “Questa
generazione presenta una sonorità cosmopolita e
viene a provare che la musica leggera italiana non
è costituita soltanto dalla canzone romantica”,
ha detto. “Stiamo parlando di persone che riescono ad unire il pop al rap o al blues.”
Il nome Tropitália è stato deciso giustamente dovuto a questa caratteristica, come
riferimento e riverenza al movimento brasiliano chiamato Tropicalismo – ideato da Caetano
Veloso e Gilberto Gil verso la metà degli Anni
’60 –, che ha diffuso gli ideali di un’arte antropofagica valorizzando, quindi, la diversità
Max di
Tomassi tra
i cantautori
Arnaldo
Antunes e
Carlinhos
Brown,
sucessi in
Italia
Franco Cava in cerca di sucesso in Italia
Alle parole di Antonio si aggiungono quelle
di Max De Tomassi: “Attraverso versioni e collaborazioni, proviamo che esiste una grande stima
da ambedue le parti”, ricorda. “La maggior parte
degli artisti italiani considera la musica brasiliana come una delle espressioni popolari più intelligenti e ben fatte del mondo.”
La mostra-spettacolo Tropitália: a nova música italiana è stata organizzata con l’appoggio
dell’Istituto Italiano di Cultura e rimarrà aperta
fino al 31 ottobre. L’entrata è gratuita.
Servizio:
Centro Cultural da Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241,
Centro - Rio de Janeiro
Orario di funzionamento:
dalle 12.00 alle 19.00.
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CAPA | Carnaval 2005
CARNEVALE 2005:
Mocidade porta Italia sulla pista del samba
Andressa Camargo / Gisele Maia
B
uon Mangiare, Mocidade! A arte está na mesa. Con questo tema la scuola di samba Mocidade Independente di Padre Miguel vuole
rendere omaggio alla cultura italiana nel carnevale
del 2005. La notizia è stata ufficialmente annunciata il 2 agosto, presso il Consolato d’Italia di Rio
de Janeiro. Durante l’evento sono saliti sul palco del teatro 30 componenti della batteria che,
sotto la reggenza di Mestre Bira, hanno unito il
ritmo del samba a quello della tradizionale “Funiculí Funiculà”, interpretata da Paulo Henrique,
che usava abiti focloristici tipici della Sardegna.
Vecchi temi sono stati ricordati da Roger Linhares,
nuovo interprete della scuola. In una improvvisata
pista di danza della Sala Italia si sono presentate
anche quattro baiane, tre passiste e una coppia di
mestre-sala e porta-bandeira, Rogério Dornelles e
Priscila Rosa.
Con una piccola bandiera italiana messa all’occhiello, il presidente della Mocidade, Paulo
Vianna, ha parlato con la platea nella quale si
trovavano, tra giornalisti, membri della comunità
italiana e invitati di Padre Miguel, oltre 300 persone, secondo i calcoli dell’addetto stampa della
scuola. “Questo è il punto di partenza per il giorno della sfilata. Sicuramente l’Italia sarà ben rappresentata davanti al popolo brasiliano e ai 164
paesi che ricevono le immagini della sfilata della
Marquês de Sapucaí”, ha detto Vianna.
Nell’intervista ceduta a Comunità, Vianna ha
anche detto che il tema gli è stato suggerito da
due commercianti italiani di Rio, che volevano un
samba sulla culinaria italiana: “Io gli ho detto che
l’Italia era molto di più e ho fatto fare una ricerca”,
racconta Paulo. Il risultato è stato un immenso
quadro sui diversi aspetti dell’influenza italiana su
Fotos: Divulgação
CAPA | Carnaval 2005
TIM sará il
maggiore
sponsor della
scuola di
samba, che
ha presentato
ufficialmente il
suo tema nella
Casa d’Italia
13
felice coincidenza, visto che i personaggi di Pierrot, di Colombina e di Arlequim sono diventati, da
molto tempo, il mio marchio registrato, essendo
legati essenzialmente alle feste di carnevale”, ha
detto. “Adesso potrò sfruttarle ancor di più, dovuto alle loro origini italiane”. Inoltre ha aggiunto
che creazioni di Michelangelo e Da Vinci saranno
parti fondamentali della sfilata, e rappresenteranno l’eredità artistica e intellettuale che gli italiani
hanno disseminato per il mondo.
Nella pista il tema sarà raccontato in otto
parti: Commedia dell’Arte (l’arte teatrale), Venezia (l’arte delle feste), Opera (l’arte musicale), Rinascimento (l’arte delle arti), Tecnologia
(l’arte delle scienze), Culinaria (l’arte del sapore), Moda (l’arte delle passerella) e Modernismo
(l’eredità dell’arte). In quest’ultima parte del
tema, saranno messe in evidenza le influenze
artistico-culturali che hanno lasciato l’impronta
dell’immigrazione italiana in Brasile. “Artisti italiani che sono venuti in Brasile e artisti brasiliani discendenti da italiani hanno aiutato a fondare il maggior movimento artistico brasiliano,
il Modernismo”, spiega Paulo Menezes.
Storia della Mocidade
Il Gremio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel è stato fondato il
10 novembre 1955, originario dall’Independente Futebol Clube.
La Scuola ha adottato i colori della squadra: verde e bianco e, nel 1959, è entrata a far parte
del gruppo principale del carnevale carioca con il tema “Da Apoteose ao Samba”. Già a partire
dal suo esordio la sua batteria ha guadagnato la fama dovuto alla famosa “paradinha” creata
da Mestre André.
Con il tema “O Descobrimento do Brasil”, del carnevalesco Arlindo Rodrigues, la Mocidade
si è consacrata campionessa nel 1979. L’anno seguente Fernando Pinto diventava il carnevalesco, e ha portato il secondo campionato alla scuola nel 1985, con il tema “Ziriguidum 2001,
um Carnaval das Estrelas”.
La squadra verde e bianca ha vinto un’altra volta nel 1990, con l’entrata dei due carnevaleschi Renato Lage e Lílian Rabelo. Il tema era “Vira, Virou, a Mocidade chegou”. Nel 1991 ha
conquistato il bicampionato con l’indimenticabile “Chuê, Chuá, as Águas Vão Rolar”. Nel 1992,
malgrado non sia riuscita ad ottenere il titolo di campionessa, ha fatto un’altra bella sfilata:
“Sonhar Não Custa Nada, ou Quase Nada” è diventato l’inno di Padre Miguel e viene cantato
ancora oggi dai tifosi della scuola e da componenti di altre associazioni. La Mocidade ha vinto
nuovamente nel 1996 (sommando un totale di cinque vittorie nel gruppo principale) col tema
“Criador e Criatura”, firmato da Renato Lage.
“L’Italia sarà ben
rappresentata davanti
al popolo brasiliano e ai
164 paesi che ricevono le
immagini della sfilata della
Marquês de Sapucaí”.
PAULO VIANNA
Francesco Mariano, Priscila Rosa, Rogério Dornelles e
Paulo Vianna exibem a bandeira da Mocidade
di noi, nell’arte, nella moda, nel cibo, nella musica. “Ho cominciato
subito a scartare altri temi”.
Cosí la comunità italiana sa già per chi fare il tifo nel 2005:
“Grazie alla divulgazione che il carnevale riceve in tutto il mondo, la cultura italiana resterà in evidenza, il che mi dà un’enorme
soddisfazione”, ha detto il console Francesco Mariano, che non
si troverà in Brasile per il prossimo carnevale, giacché in ottobre
termina il suo tempo di servizio all’estero. “È un peccato. Ma seguirò tutto in televisione”, promette.
L’ARTE È IN TAVOLA
La Mocidade sceglierà la canzone vincitrice del samba in ottobre,
ma il carnevalesco1 Paulo Menezes è già riuscito a portare a termine
la concezione visuale della sfilata: i carri allegorici hanno cominciato ad essere costruiti all’inizio di luglio e tutte le maschere sono
già state disegnate. Lavorando per la prima volta con la comunità
di Padre Miguel, Paulo Menezes è entusiasta del tema. “È stata una
TIM: “siamo stati sedotti da questo omaggio”
Tema scelto, carnevalesco soddisfatto. Il
passo seguente della scuola era quello di andare
in cerca di uno sponsor. “Siamo riusciti a firmare un contratto con una grande azienda italiana
e ne siamo felici”, ha concluso Paulo Vianna,
attraendo le attenzioni su due rappresentanti della TIM presenti all’evento, Mario Cohen e
Mozart Galvão. Seduti accanto al console Francesco Mariano, i due dirigenti hanno assistito
alle presentazioni di ritmisti e hanno avuto in
regalo, direttamente dalle mani di Priscila Rosa,
una bandiera creata appositamente per quell’occasione: da una parte, il simbolo verde e bianco
della Mocidade Independente, dall’altro una fusione delle bandiere brasiliana e italiana.
Mario Cohen dice che due sono stati i motivi
che hanno portato l’azienda ad accettare la società con la scuola. Il primo di essi, ovviamente,
è stato il tema scelto. “Siamo una grande corporation italiana ospite qui e siamo stati sedotti
da questo omaggio al nostro Paese di origine”.
Il secondo si collega al grande progetto sociale
nell’area musicale portato avanti dalla multinazionale da più di un anno, che si chiama TIM Musica nelle Scuole. Secondo Cohen, quest’attività
raggiunge circa 10mila bambini delle periferie di
alcune delle maggiori capitali brasiliane – San
Paolo, Salvador, Recife, Belém e Porto Alegre.
O puxador Paulo Henrique interpreta uma tarantella em ritmo de samba.
Abaixo: apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira
Per complementare questa iniziativa, la TIM
esige, da ognuno dei suoi partner, una controparte sociale. Secondo Galvão, è stato cosí con
i produttori del TIM Festival e del Premio TIM di
Musica, e cosí sarà pure con i dirigenti della
Mocidade. “La scuola è già in possesso di alcuni progetti, mancano delle adeguazioni, definire dei dettagli”. Il
presidente della scuola, Vianna,
aggiunge: “Ha coinciso tutto, visto che le nostre attività con la comunità sono molte: tagliamo capelli,
applichiamo fluoro, diamo borse di
alimenti, raccogliamo e distribuiamo
indumenti usati. Con la società, tutto
questo verrà ampliato”.
La Mocidade Independente di Padre Miguel entrerà nella Marquês de Sapucaí con otto
carri e circa 3600 componenti il 5 febbraio, alle
ore 21, aprendo la sfilata del Gruppo Speciale di
Rio de Janeiro.
Footnotes
1
‘carnevalesco’ è il nome dato al creatore del tema,
delle maschere e dell’intera concezione della sfilata
della scuola di samba di appartenenza.
14
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
CULTURA | Teatro
CULTURA | Eventos
Q
Dopo sette
concerti nel
sudest, il pianista
italiano ritorna
in Italia per
dedicarsi alla
registrazione
di Cd
Christian Leotta
conquista il Brasile
uasi cinquemila persone hanno assistito alle presentazioni del
pianista Christian Leotta in Brasile. Acclamato dal pubblico e
dalla stampa, Leotta ha finito la sua tournée nel sudest il cinque agosto nella Sala Itália, presso l’Istituto Italiano di Cultura di
Rio de Janeiro. Nato a Catania, in Sicilia, 25 anni, Leotta è diventato
famoso nel mondo perché riesce ad eseguire con maestria le 32 sonate per pianoforte di Ludwig van Beethoven, impresa rara che gli ha
reso una medaglia, ricevuta dalle mani del Presidente della Repubblica Italiana, Carlo Azeglio Ciampi, nell’aprile di quest’anno.
Le stesse 32 sonate, divise in otto concerti separati, hanno costituito il repertorio della tournée brasiliana – che ha toccato le città di Vittoria (ES), Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro, sommando sette presentazioni – e di quella estera, svolta in Italia, Svizzera, Olanda e Messico.
In un’ intervista rilasciata a Comunità, il giovane artista ha spiegato i motivi dell’importanza di Beethoven per la storia. “È stato l’uomo che ha provocato il passaggio dallo stile Classico del sec. XVIII a
quello Romantico del sec. XIX, cambiando per sempre alcune regole
musicali e promuovendo lo sviluppo molto più rapido di altre. I miei
studi personali sulla sua vita e opera sono stati di grande aiuto per
una migliore comprensione del corso della musica”, ha detto Leotta.
Al pianista dispiace che i rappresentanti della “vera musica” come, per esempio, Mozart o Villa-Lobos (il suo preferito tra i brasiliani), siano sempre meno ascoltati dalle nuove generazioni e crede
che i media abbiano una buona parte di colpa in questa alterazione
delle preferenze popolari, visto che trasformano la musica in puro
commercio. “Se un giovane vede la televisione per ore durante la
giornata, tutto ciò che vedrà saranno video di pop o rock e, se i suoi
riferimenti sono questi, come potrà provare Beethoven?”, dice.
Leotta ha cominciato a studiare musica agli otto anni, quando ha
detto a suo padre, un professore di filosofia, che gli sarebbe piaciuto
diventare direttore d’orchestra. “A casa mia si sono sempre ascoltati
i classici, ma nessuno mi ha trascinato fino al Conservatorio, ho deciso da solo che volevo questo per me”, ha detto “e ancora penso di
trovarmi davanti ad un’orchestra”.
Quando aveva 17 anni, Leotta si è laureato, con lode, al Conservatorio Giuseppe Verdi, di Milano e, da quel momento in poi, si è
perfezionato negli studi di piano in varie parti del mondo. È anche
passato, tra altri, dal Tureck Bach Research Foundation of Oxford,
in Inghilterra. Oggigiorno si dedica alla registrazione di una serie
di nove Cd, in cui si troveranno, divise tra di essi, le 32 sonate che
l’hanno reso famoso: “si prevede che queste registrazioni arrivino in
Brasile tra marzo e aprile del 2005”, promette.
Andressa Camargo
Diretores brasileiros relêem
clássicos mediterrâneos
T
Extos clássicos do teatro mediterrâneo estão sendo revisitados por diretores
brasileiros como Augusto Boal e Antonio Abujamra no Ciclo de Leituras Brasil
Mediterrâneo. Promovido pelo Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro,
o projeto foi inaugurado em 13 de setembro, com a apresentação de A Paz, de Aristófanes, e contará com mais oito edições, que acontecerão às segundas-feiras, no
Planetário da Gávea.
Segundo a dramaturga Alessandra Vannucci, organizadora do evento, as peças
saem do eixo dominante da cultura burguesa: “o riso catártico do povo é protagonista desse teatro da miséria, em que a humanidade assume os mais extraordinários papéis”, diz ela. Já para o diretor do IIC, Franco Vicenzotti, é importante
difundir esses clássicos no Brasil, devido à latinidade das línguas mediterrâneas.
“Além disso, os textos agradam a todas as faixas etárias”.
Nas próximas sessões serão interpretados: Asno de ouro, de Apuleio (dia 20/09); A descoberta da América, de Dario Fo (27/09); Filumena Maturano, de Eduardo de Filippo (04/10);
Mosqueta, de Angelo Beolco (18/10); Diálogo de Salomão e Marcolfo, de uma autor anônimo
(25/10); Esta noite se improvisa, de Luigi Pirandello (08/11), Bafafá, de Carlo Goldoni (22/
11) e A mandrágora, de Nicolau Machiavel (29/11).
(Andressa Camargo)
Serviço:
Ciclo de Leituras Brasil Mediterrâneo
Local: Planetário da Gávea – Rua Padre Leonel
Franca, 240. Tel.: (21)
2540-8041 / (21) 2540-8042
Horário: 20h30 Entrada Franca
O Teatro
de Bérgamo
C
onsiderado um dos mais importantes grupos de teatro da Europa, o Teatro Tascabile di Bergamo (TTB) esteve de passagem pelo Brasil para apresentações nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Fundado em 1973 pelo diretor
italiano Renzo Vescovi, o TTB logo ganhou destaque no meio artístico internacional pelas experiências realizadas em duas áreas bastante originais:
o teatro de rua e o teatro-dança oriental. Para a turnê brasileira, foram escolhidos
dois espetáculos: Valse e E d’amuri t’arricuordi.
(Andressa Camargo)
notas culturais
O
s fotógrafos italianos Alessandro Puccinelli e Michelle Tabuccahi apresentam parte de seu trabalho em exposição intitulada Os Trabalhadores da Toscana, que entrou
em cartaz no dia 16 de setembro,
no SESC de Santo André – SP. Promovida pelo Instituto Italiano de
Cultura de São Paulo, a mostra coloca em foco o operariado toscano
em suas mais tradicionais atividades, como a produção de vinho, fabricação têxtil, mineração. (A.C.)
Serviço:
Os Trabalhadores da Toscana ficará
em cartaz até 10 de outubro
Endereço SESC:
Rua Tamarutaca, 302.
Vila Guiomar, Santo André.
Horário de funcionamento:
das 9 às 18h
A
comunidade italiana de
Petrópolis recebeu um
belo presente da Prefeitura local. Trata-se da Festa
D’Itália, montada sobre o
cenário da antiga Companhia Petropolitana de tecidos (Bairro da Cascatinha),
onde muitos imigrantes
trabalharam. A abertura do
evento, realizada em 17 de
setembro, contou com apresentação do coral Municipal
e show de Jerry Adriani. Os
festejos se prolongaram pelos dias 18 e 19, durante
os quais, entre outras atrações, houve performance do
grupo Tarantolado, show de
Fred Rovella e Missa Campal
celebrada pelo Bispo Philippo Santoro. (A.C.)
O
Ministério das Relações Exteriores
Italiano, o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e o Instituto Italiano
para o Comércio Exterior decidiram homenagear a cidade de São Paulo pelos seus
450 anos. Para tanto, se uniram na organização da mostra Shape Mission: design
automobilístico no Turim e no Piemonte.
A exposição, que será aberta ao público
em 15 de outubro, ocupará 700m2 do Instituto Tomie Ohtake e reunirá protótipos
automobilísticos, ferramentas e desenhos
técnicos, além de alguns modelos de carros italianos em tamanho real. (A.C.)
Serviço:
Instituto Tomie Ohtake
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201.
São Paulo – SP. Tel: (11) 2245 1900
Horário de funcionamento:
de terça a domingo, de 11 às 20h.
Entrada franca.
15
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
CULTURA | Dança
COMUNIDADE | Literatura
17
Divulgação
Vida em prosa e verso
Aos 92 anos, a italiana Amelia Sparano publica mais
um livro e mantém o hábito diário de escrever
A
Rio e São Paulo recebem
o balé do Scala di Milano
U
ma das mais importantes e tradicionais companhias de dança
do mundo chegará ao Brasil: o
Balé do Teatro Scala de Milão. Com
duas temporadas, uma em São Paulo
e outra no Rio de Janeiro, o grupo
vem trazendo uma novidade: a escolha de 50 crianças brasileiras, 25 de
cada uma das cidades, para participarem das apresentações. A montagem
escolhida foi “Sonho de Uma Noite de
Verão”, obra-prima de 1962, coreografada pelo mestre Georges Balanchine.
Sendo este o ano do centenário de
seu nascimento, os espetáculos fazem
parte da turnê comemorativa.
Biagio Tambone, um dos mestres
da companhia, e a bailarina Ana Botafogo serão os responsáveis pela seleção de dois grupos, um carioca e outro
paulista, formados por 24 meninas, entre 11 e 14 anos, e 1 menino de cinco
anos de idade. A exigência é que todos
tenham boas noções de balé clássico e
freqüentem escolas de dança.
A companhia virá completa ao país, com cenários e figurinos originais,
totalizando mais de 120 bailarinos no
SÃO PAULO - THEATRO MUNICIPAL
Disque Dell’Arte SP
(11) 6163-5087
24 de Setembro
(Sexta-feira) - 21:00h
25 de Setembro
(Sábado) - 21:00h
26 de Setembro
(Domingo) - 11:00h e 17:00h
RIO DE JANEIRO - THEATRO MUNICIPAL
Disque Dell’Arte RJ
(21) 3235-8545
30 de Setembro
(Quinta-feira) - 20:30h
01 de Outubro (Sexta-feira) - 20:30h
02 de Outubro (Sábado) - 21:00h
03 de Outubro (Domingo) - 17:00h
VERONESEVIAGGI
Datas e horários sujeitos a alteração
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em 6x sem juros
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SERVIÇO
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palco. O Teatro Scala de Milão, berço
do balé no mundo, ao lado do Opera
de Paris, é o único autorizado a dançar a obra-prima de Balanchine, além
da companhia fundada pelo próprio
coreógrafo nos Estados Unidos.
VERONESEVIAGGI
16
literatura, assim como outras artes, perdeu
importantes contribuições por conta da dificuldade de acesso das mulheres aos ambientes em que as letras eram tema principal. Ainda assim, o olhar poético feminino sempre marcou
presença. Hoje em dia, elas têm mais oportunidades de mostrar talento sem que isso signifique sofrer certos preconceitos. Privilégio só para as novas gerações? Nem sempre. A italiana Amelia Sparano, aos noventa e dois anos, acaba de reeditar e
lançar um livro: A Espectadora. Apesar de não ser
autobiográfico, é um título sugestivo para quem,
do alto de sua longa vivência, pode se considerar
uma observadora diferenciada.
Ela tirou os originais da gaveta em 2002, depois da morte do marido, com quem conviveu durante 60 anos. Ler, excluir trechos e refazer outros
do livro que recebeu uma Menção Especial na década de 80 foi uma maneira de se agarrar à vida.
Para isso, não poupou esforços. Em vez de tirar
a poeira da antiga máquina de escrever, Amelia
decidiu ter aulas de informática. Afinal, o irmão
acabara de presenteá-la com um computador que,
longe de causar espanto ou gerar a conhecida
aversão tecnológica, não rara a pessoas bem mais
novas, foi uma “tábua de salvação”, como a própria autora definiu.
A literatura sempre fez parte da vida de
Amelia Sparano, embora tenha abandonado sua
máquina de escrever em diversos momentos, sobretudo enquanto se dedicava aos filhos. Com
contos e romances premiados, aqui e na Itália,
ela foi vítima de um câncer, na década de 60 e,
depois de algumas cirurgias, resolveu descansar.
Como? Escrevendo.
Já em 1941, havia sido uma das primeiras colocadas em um concurso nacional de monografia,
explorando o tema “maternidade na arte”. Nessa
época, Mussolini fazia discursos em que defendia
que a mulher havia sido feita para a maternidade assim como o homem
para a guerra. Ao
mesmo tempo, o
governo fascista
incentivava, por
exemplo, a produção acadêmica feminina, já
que o contin-
gente masculino estava recrutado.
Aluna da Universidade de Gênova, mas não regularmente inscrita, Amelia participou do concurso
por insistência de um professor que lhe conseguiu
uma carteira oficial de estudante. Foi assim que ela
fez parte do grupo das 100 universitárias escolhidas, em todo o país, que lotaram o cassino de San
Remo, então às moscas, já que a maioria de seus
clientes estava empenhada no esforço de guerra.
Sua tese baseada em filosofia da arte, longe
de reproduzir o conservadorismo do Duce, falava da importância da mulher como ícone de representação artística mítico-religiosa. “Não quis
escrever as baboseiras que Mussolini esperava
que moças como eu dissessem”, comenta. E
completa: “O cristianismo pegou a mentalidade judaica de um Deus único. Com isso, o povo
italiano, sentiu saudades de uma Deusa. O que
aconteceu ao longo da história? Pintaram a Madonna, por exemplo, como fez Raffaello”.
Ainda na Itália, também chegou a traduzir
sonetos, redigiu textos para operetas, e escreveu
contos. Veio para o Brasil acompanhar seu marido, com quem se casou em 1942. Ele, Carlos Sparano, era filho de um diplomata brasileiro, nascido na Itália. O objetivo da viagem era receber
uma herança deixada pela mãe dele, brasileira, e
fazer as pazes com o pai, com quem havia brigado
por causa de Amelia. Isso porque a escritora, dez
anos mais velha, o conheceu quando ele só contava 16. Começou o namoro com disputas de natação que valiam o beijo da moça, que nunca se
preocupou com o teor da aposta porque sempre
ganhava e não tinha que pagar o prêmio. Mas não
adiantou. Casaram-se e, quando estava grávida do
terceiro filho, vieram para o Brasil.
Deixaram para trás uma Itália em ruínas: ferrovias desativadas por falta de trilhos, estradas
inviáveis, pontes destruídas. Faltava comida.
Vieram para um país nem tão desconhecido, não
só devido às origens do marido. O convívio de
Amelia com a avó portuguesa colaboraram para
que a barreira lingüística jamais fosse um problema para ela.
Aqui, encontrou uma atmosfera um pouco
diferente. Não só porque estava mais distante
do que havia sido o epicentro do horror. Financeiramente, desde o início, a realidade se mostrou mais favorável. O marido, conta Amélia, recebeu uma fazenda que logo modernizou, transformando-a numa grande empresa de extração
de feldispato – muito utilizado na fabricação de
louças e porcelanas. Poucos anos depois do golpe militar, por volta de 67, o setor se retraiu.
Venderam imóveis para não demitirem empre-
gados. Logo veio a solução: da mesma fazenda,
viram que era possível extrair granito. A prosperidade, então, voltou à família.
Apesar disso, Amelia Sparano diz não gostar
de luxo e se orgulha por ter andado de ônibus
até os 88 anos, o que só deixou de fazer quando
fraturou o braço direito. Até que o marido adoecesse, quando já completava 90, ainda fazia
compras no supermercado e andava sozinha nas
ruas do Rio, trazendo sacolas nas mãos, apesar
de ter passado a utilizar os serviços de táxi, por
força das circunstâncias.
Ao ser perguntada sobre a freqüência com
que escreve, responde com um sorriso despreocupado de quem soube viver a vida: “Quando
calha”. E acaba calhando todo dia. “Mas é sempre uma coisa diferente. Às vezes contos, outras,
poesias, traduzo textos meus antigos”.
Ela diz que toma notas e depois passa tudo
para o computador. Se vê algum problema em utilizar a tecnologia? Nenhum. Tem e-mail e acessa
a Internet. Mas lamenta que já não enxergue tão
bem e precise ser auxiliada pela secretária. Esta
aprendeu italiano com a própria Amelia, para que
as dificuldades de visão da autora não fossem um
impedimento para sua avidez por conhecimento.
A ESPECTADORA
Num cenário rural, mas impregnado de urbanidade, a história descortina os conflitos gerados por disparidades sociais, políticas e econômicas. A decadência de uma família da aristocracia do campo, o choque entre gerações, preconceito e atraso em tempos modernos são alguns
dos elementos que compõem o texto.
As críticas ao conservadorismo, à mentalidade
exploradora e à sociedade hipócrita são feitas por
uma personagem-espectadora (não por acaso)
que, deslocada em uma festa de bodas, é dona de
um olhar crítico, quase exterior à narrativa. Em
constantes diálogos consigo mesma, é o elemento de ligação para que a história seja compreendida em sua totalidade e não nos escape a reflexão
sobre alguns fracassos das elites brasileiras.
Gisele Maia
Amelia Sparano na noite de
lançamento, na Livraria da
Travessa, em Ipanema
Serviço
Adquira o livro no site da Editora Comunità:
www.comunitaitaliana.com.br/livros/livros.htm
18
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
ESPORTE | Atualidade
ESPORTE | Atualidade
Olimpíadas 2004: Itália permanece
entre os gigantes do esporte mundial
Gisele Maia
O
oitavo lugar geral conquistado pela Itália
não representa uma de suas melhores campanhas olímpicas, mas não foge muito à
média histórica registrada. Das 25 Olimpíadas até
aqui, desde Atenas 1896, a Itália só não participou de duas. De lá para cá, os italianos mantiveram-se entre os dez principais países no cenário
esportivo mundial em quase todas as edições dos
Jogos – com exceção de quatro. A pior posição
conquistada foi o décimo quarto lugar geral, nas
Olimpíadas de Montreal, em 1976 - motivo de decepção para os italianos.
Em Atenas 2004, a Itália disputou medalha a
medalha a sétima posição com a França, que acaO maratonista Stefano Baldini, corre para o ouro na prova
que encerrou os Jogos de Atenas
Vista do Estádio Pan-Athenian durante a
corrida dos 110m com barreiras
1896 - A Itália não participou da primeira edição dos Jogos da Era Moderna,
em Atenas. Os Estados Unidos foram
o país a obter mais medalhas de ouro,
abrindo a nova fase do esporte mundial
como o favorito, apesar da Grécia, segunda colocada, ter conquistado mais
que o dobro de medalhas no total, contando com as de prata e bronze.
1908 - Um indício de recuperação para os italianos
veio com as Olimpíadas de
Londres. As duas vitórias,
uma na ginástica, com
Alberto Braglia, e outra na
categoria dos pesos ligeiros
de luta greco-romana, com
Enrico Porro, mais duas
medalhas de prata, foram
suficientes para garantir
a nona posição no quadro
geral. No topo, o time
da casa: a Grã-Bretanha
conquistou 139 medalhas,
subindo ao degrau mais
alto do pódio 50 vezes. Em
seguida, os Estados Unidos
e a Suécia.
1896
1900
de ginástica individual
e por equipe
1908
1920
Antuérpia
Londres
St. Louis
Disputa entre o italiano Italo Santelli, 6º, e o francês
Jean-Baptiste Mimiague, 2º colocado
O maratonista
Dorando Pietri
1904 - Curiosamente,
depois de uma atuação significativa em Paris, nenhum
atleta italiano participou
dos jogos de Saint Louis.
Mais uma vez os estadunidenses foram os favoritos,
com 232 medalhas, 74 das
quais de ouro. O nada ameaçador segundo lugar ficou
para Cuba, com cinco ouros
conquistados, três pratas e
três bronzes.
Edera Cordiale-Gentile, prata
no arremesso de disco
1948 – Em Londres, realizou-se a
Olimpíada simbólica da paz. Mas
era ainda muito frágil: numa Europa
recém-saída da Guerra, foi difícil
para os atletas italianos evitarem
o olhar avesso das delegações de
outros países e a lembrança de
Mussolini. Ainda assim, a Itália
manteve-se entre os cinco países
com mais medalhas de ouro. Foram, ao todo, oito: arremesso de
disco, canoagem, duas no ciclismo,
pólo-aquático, esgrima, luta grecoromana e pugilismo. O quinto lugar
conquistado a colocou atrás apenas
da França, Hungria, Suécia e
dos Estados Unidos –
novamente os primeiros
na classificação
geral.
1948
1936
1932
Helsinque
Londres
Berlin
Los Angeles
Amsterdan
1920 – Nas Olimpíadas de Anversa, a Itália
galga quatro posições em relação aos jogos
anteriores e torna-se a sétima nação do esporte mundial, com 13 medalhas de ouro. Cinco
vitórias foram da equipe de esgrima, que tinha
em Nedo Nadi um líder inconteste. Durante
a cerimônia em que recebeu a sua segunda
medalha de ouro, Nadi foi interpelado pelo rei
da Bélgica, intrigado por já ter dado os cumprimentos e premiado o esgrimista dois dias antes.
Foi quando Nadi respondeu: “Com a permissão
de Vossa Majestade, nos veremos ainda outra
vez aqui”. E não deu outra: ele venceu também
a prova de espada em equipe.
1924 – Os jogos retornaram a Paris. Desta
vez, a Itália tem a melhor colocação da
história, apesar de isto não ter representado um recorde quanto ao número de
medalhas. Foram 16 no total, oito de ouro
– cinco a menos que nas Olimpíadas de
Anversa. A falta de Nedo Nadi foi sentida:
sem ele, os “azuis” da esgrima tiveram
que se contentar com uma única vitória. O
país a conquistar mais medalhas foram os
Estados Unidos, com 44 ouros, num total
de 98 subidas ao pódio. Logo atrás vieram
os finlandeses, os franceses, os britânicos
e, então, os italianos.
1932 - Em Los Angeles, os italianos
obtiveram um êxito jamais repetido: terminaram os jogos como a
segunda maior nação do esporte,
atrás dos norte-americanos. Para os
azuis, foram 12 medalhas de ouro,
12 de prata e 12 de bronze. Desta
vez, também foi maior o número
de esportes que se destacaram: de
todas as vitórias, quatro foram da
ginástica, três do ciclismo, duas da
esgrima, uma da luta greco-romana,
uma do tiro e outra do atletismo.
1936 – Os Jogos de Berlim, na
Alemanha de Hitler, ficou marcado
na história. Foi lá que Ondina Valla,
do atletismo, se consagrou como a
primeira das italianas a conquistar
um ouro olímpico. A Itália terminou
na quarta posição do ranking. Em
primeiro, segundo e terceiro ficaram, respectivamente, os alemães,
os norte-americanos e os húngaros.
Os ginastas de exercício de solo: o
húngaro Stephen Pelle (ouro), o suíço
Georges Miez (prata) e o italiano
Mario Lertora (bronze)
1960 – Finalmente, depois de
instituídos há 64 anos, os Jogos
foram parar em Roma. O fundador das Olimpíadas modernas,
Pierre de Coubertan, em 1908,
havia proposto que as competições se realizassem na “Cidade
Eterna”, para que se resgatasse
o classicismo das manifestações
da antiga Grécia. Mas, na época,
a capital italiana não reunia
as condições necessárias para
sediar o evento máximo do esporte. No entanto, mais de meio
século depois, o mundo pôde
presenciar um cenário único
durante a realização dos jogos:
as competições de luta foram na
Basilica di Massenzio; as provas
de ginástica tiveram como palco
as Terme di Caracalla; o hipismo ganhou a Piazza di Siena
e a maratona se desenvolveu
ao longo da estrada antiga de
Roma, com passagem pelo Arco
di Constantino. A dona da casa
terminou em terceiro no quadro
geral, com 13 medalhas de ouro.
Os vice norte-americanos levaram 34 e os soviéticos, novamente os primeiros, subiram ao
topo do pódio 42 vezes.
1968
1956
1960
1964 – Em Tóquio, o italiano Abdon
Pamich teria sua última chance de lutar
pelo ouro olímpico. O atleta, durante toda
a maratona de 50 quilômetros, manteve-se
na liderança. No trigésimo oitavo quilômetro, ao se “reabastecer”, ingeriu um chá
muito gelado que não caiu bem e ele teve
que parar. O inglês Nihil passou, então, à
frente, e permaneceu com uma vantagem
de vinte segundos. Mas, nos últimos quilômetros, Pamich acelerou e garantiu a
tão sonhada medalha, chegando ainda 19
segundos antes de Nihil. Foram 10 ouros
para a Itália, em quinto lugar
outra vez, atrás da Alemanha,
Japão, União Soviética
e Estados Unidos.
Roma
Melbourne
1952 – Dezesseis anos depois de Ondina
Valla, outra vez uma atleta italiana é motivo de orgulho: Irene Camber, que chegou
às Olimpíadas de Helsinque sem constar
no hall das favoritas, foi vitoriosa no torneio de fioretto. A Itália manteve o posto
ocupado em Londres: quinta posição na
classificação geral, novamente com oito
medalhas de ouro. Mas alguns sinais de
mudanças no cenário mundial surgem. Os
norte-americanos, de novo os primeiros colocados, dividem o pódio geral com a União
Soviética, em segundo lugar, e a também
comunista Hungria, em terceiro.
1980
1976
1956 – Em Melbourne, a Itália realizou
a proeza de ocupar um pódio inteiro:
na prova individual de esgrima, os azuis
estavam representados nos três degraus,
com Carlo Pavesi, Giuseppe Delfino e
Edoardo Mangiarotti. Mais uma vez, foram oito vitórias , repetindo também o
quinto lugar geral das duas Olimpíadas
anteriores. Os soviéticos conquistaram
para si o status de favoritos no esporte
mundial, com 35 medalhas de ouro, de
um total de 96. Foram seguidos pelos
Estados Unidos, que obtiveram 32 vitórias em 74 subidas ao pódio.
2000
1996
1992
1988
Sydney
Atlanta
Barcelona
Seoul
Los Angeles
Moscou
Montreal
Munique
1968 – Na Cidade do México, a Itália
obteve apenas três medalhas de ouro,
ficando em décimo terceiro lugar geral
– um resultado melhor apenas do que
o registrado em 1912. Uma das vitórias
foi de Klaus Dibiasi, no salto ornamental da plataforma. Ele havia sido prata
em Tóquio, no trampolim. Primeiro,
segundo e terceiro lugar para Estados
Unidos, União Soviética e Japão, respectivamente.
Klaus Dibiasi durante as
competições de saltos ornamentais
Os cavaleiros
Raimondo
D’Inzeo e seu
irmão Piero,
ganharam
prata e bronze
respectivamente
Pietro Mennea correndo para o
ouro nos 200m
1984
México
Tóquio
1980 – A XXII edição
dos Jogos Olímpicos
foi em Moscou, onde
a Itália teve uma significativa recuperação
no quadro geral: de
volta ao quinto lugar,
os italianos saíram da
então capital soviética
com oito medalhas de
ouro. Uma delas veio
de Sara Simeoni, o que
representou a segunda
vitória do atletismo
feminino depois de
Ondina Valla.
Sprint em uma disputa feminina
1972
1964
1952
Paris
Paris
Atenas
1928 – Na IX edição das Olimpíadas modernas,
em Amsterdam, a Itália manteve-se como o
quinto país no quadro geral de medalhas. Foram
sete de ouro, mas o frenesi ficou por conta do
bronze conquistado pelo futebol. Na semifinal, os
“azuis” jogaram contra os uruguaios, campeões
de 1924 e então favoritos ao título. Quem abriu
o placar foi Baloncieri, mas os uruguaios tiveram
o resto da partida para marcar mais três gols.
Deixaram para os italianos apenas a chance de um
terceiro lugar, o que de fato aconteceu. O público
comemorou o resultado do time, e muitos ainda
tiveram a oportunidade de ver vários
dos jogadores brilharem como
campeões das Copas do
Mundo de 1934, em Roma,
e de 1938, em Paris.
1928
1924
Estocolmo
1900 – Desta vez em Paris, a Itália ficou em
oitavo lugar, atrás da Alemanha, Austrália, Suíça, Bélgica, Grã Bretanha, Estados Unidos e a
nação número um daquele ano, a anfitriã França, que conquistou 29 medalhas de ouro de um
total de 101 – uma enorme distância para os
vice norte-americanos, que subiram ao pódio
49 vezes, 20 das quais ao lugar mais alto.
bou se saindo melhor. Ainda assim, os azuis se reafirmaram entre os primeiros da União Européia,
na frente de gigantes como a Inglaterra e a Espanha. Em relação ao número total de premiações, o
desempenho foi semelhante ao das duas últimas
edições dos Jogos: ao todo, 32 pódios em Atenas
– foram 34 em Sidney, 35 em Atlanta.
Para que todos pudessem conhecer melhor a
participação da Itália ao longo da Era Olímpica
Moderna, Comunità preparou uma linha do tempo, onde será possível verificar dados e conhecer
algumas curiosidades.
1912 - Em Estocolmo,
todas as vezes que a
Itália subiu ao pódio
ocupou o espaço dos
campeões. Foram apenas três medalhas, mas
todas de ouro. O que
na classificação geral
resultou no décimo
primeiro lugar. Mais
uma vez os donos da
casas tiveram o melhor
desempenho: a Suécia
conquistou 65 medalhas, 25 de ouro. Foi
seguida pelos Estados
Alberto Braglia, primeiro Unidos e pela Grã-Brecolocado nos exercícios
tanha.
1912
1904
19
1972 – Nas Olimpíadas de Munique, os
azuis tiveram um desempenho um pouco melhor: subiram três posições em
relação à Cidade do México. O décimo
lugar geral deveu-se às cinco medalhas
de ouro do salto ornamental (com o
bicampeonato de Klaus Dibiasi), hipismo, tiro e duas vezes no esgrima. O
destaque, no entanto, foi para Novella
Caligaris, prata nos 400 metros nadolivre, e bronze nos 800 livre e 400
Medley. Foi a primeira vez que a natação da Itália chegou ao pódio.
1976 – Em Montreal, os italianos foram
vitoriosos por duas vezes, ficando com a
décima quarta posição geral. Mas uma das
medalhas de ouro representou um feito
inédito: o tricampeonato olímpico de Klaus
Dibiasi. A grande vencedora de Montreal foi
a União Soviética.
1984 – A Itália quebrou seus
recordes nas Olimpíadas de
Los Angeles: apesar de ter
se mantido no quinto lugar
geral, foram 14 medalhas de
ouro. Três delas no atletismo
– outro feito inédito. A equipe
de esgrima trouxe mais três,
ciclismo, pugilismo, canoagem,
pentathlon moderno, tiro, luta
greco-romana e levantamento
de peso. No quadro geral, a
Itália ficou atrás da China, República Federal da Alemanha,
Romênia e Estados Unidos – os
campeões e donos da casa.
1988 – Em Seoul, a Itália continua
entre os dez países com maior número de vitórias olímpicas, mas perde quatro posições na classificação
geral. Das medalhas de ouro, uma
foi perdida para sempre: a equipe de
canoagem composta por Pietro Poli,
Gianluca Farina, Davide Tizzano e
Agostino Abbagnale, depois da premiação, foi jogada na água, como
parte da celebração. Mas Agostino,
procurando apoiar-se dentro d`água,
segurou-se em Tizzano e, com isso,
arrancou a medalha do pescoço do
companheiro. Foram várias buscas,
mas a medalha ficou no fundo do
Rio Misari, na Coréia do Sul.
Josefa Idem, prata no K1
500m na canoagem
O ciclista Fabio Casartelli
medalhista de ouro
1992 – As Olimpíadas de Barcelona reservou grandes surpresas para os azuis,
apesar do resultado final ter sido o décimo
primeiro lugar geral. Numa final contra os
donos da casa, a equipe de pólo-aquático conquista a vitória e o chamado time
“settebello” retorna à Itália com um ouro
que não se repetia há 32 anos. Foram seis
vitórias italianas num total de 19 pódios.
Antonio Rossi, ouro no K1
500m na canoagem
1996 – Em Atlanta, a Itália volta a
ter um dos melhores desempenhos da
história com a conquista de 13 medalhas de ouro. Na classificação geral,
ficou em sexto lugar. Uma das vitórias foi do ginasta Jury Chechi, que
quatro anos antes tinha sofrido uma
contusão no pé direito às vésperas da
abertura das Olimpíadas de Barcelona.
2000 – Nos Jogos de Sidney, os italianos
novamente levaram para casa treze medalhas
de ouro. Várias delas vieram da natação, com
Domenico Fioravanti, nos 100 e 200 metros
peito, e Max Rosolino, nos 200 metros misto.
Outras medalhas saíram das águas, com a
equipe de canoagem, duas vezes do caiaque
e vela. Na esgrima, foram mais três. E duas
outras no ciclismo e uma no judô. Na classificação geral, os azuis ficaram em sétimo lugar.
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Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
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GASTRONOMIA
ECONOMIA | Atualidade
Franco Urani
L
a rivista settimanale VEJA del 25 Agosto riporta una pagina pubblicitaria con la linea
di autocarri IVECO costruiti nel moderno
stabilimento di Sete Lagoas – Minas Gerais, aggiungendosi al leggero DAILY giá qui fabbricato
da alcuni anni insieme al DUCATO della FIAT AUTOMOVEIS, la linea pesante e media EUROCARGO
ed EUROTECH che prima era prodotta in Argentina, sulla base delle strategie Mercosud.
Ora tutti i veicoli sono 100% brasiliani e destinati al Brasile ed all´America Latina.
L´IVECO (Industrial Vehicles Corporation)
era nata nel 1975, dall´unione tra la FIAT VEICOLI INDUSTRIALI di Torino, l´OM di Brescia che
apparteneva da tempo alla FIAT e la MAGYRUS
DEUTZ di Ulm Germania che si associava com un
20% - poi ritirato - nella nuova Company.
Agli autocarri FIAT aveva dato impulso eccezionale la prima guerra mondiale e poi le altre successive. Qualcuno si ricorderá del film “La Grande Guerra”, le impervie strade dolomitiche di terra che portavano al fronte e le colonne di camions FIAT che si
inerpicavano bravamente carichi di truppe, armi e
rifornimenti. Poi, sui deserti africani ed in Etiopia,
aveva reso servizi ineguagliabili il mitico FIAT 682,
un autocarro pesante FIAT di facilissima manutenzione, capace di affrontare le strade piú difficili e, si
dice, di fluttuare addirittura sul deserto. Era rimasto in produzione per un 40 anni, prodotto alla SPA
di Torino e montato in Libia, Etiopia, Nigeria
L´OM di Brescia era piú rivolta a veicoli leggeri e medi, distinti con graziosi nomi di animali
(Leoncino, Tigrotto, Orsetto, Cerbiatto ed altri),
tecnologia assai avanzata specie nei motori fatti
in collaborazione com la svizzera Saurer.
La MAGYRUS DEUTZ era specializzata in
veicoli pesanti per servizi speciali e pompieri,
tutti dotati con il famoso motore Deutz raffreddato ad aria.
Io ero entrato all´IVECO pochi mesi dopo la
sua costituzione, ritornando a Torino dopo avere
realizzato le industrie FIAT in Brasile. Avrei dovuto assumere la direzione commerciale della FIAT
VEICOLI INDUSTRIALI in Italia ed all´estero, poi
la responsabilitá delle iniziative oltremare, successivamente quella della sola America Latina.
Non avevo alcuna esperienza del settore,
ma mi ero conquistato qualche benemerenza in
quanto, nel 1973, avevo contribuito a rompere il
ghiaccio tra FIAT ed ALFA ROMEO, avviando una
trattativa con la FNM, Fabrica Nacional de Motores di Xerem - Rio de Janeiro, in cui Alfa Romeo,
oltre a fabbricare l´automobile mod. 2300, costruiva autocarri pesanti da cantiere con motore
diesel di 11 litri, vecchi ma collaudatissimi (una
specie di FIAT 682) ed assai apprezzati, completamente verticalizzati in quell´immenso stabilimento tropicale e con un mercato solo domestico ma non male, di un 3.000 unitá all´anno.
Tra i bresciani dell´OM che avevano preso il sopravvento all´IVECO pur dovendosi trasferire a Torino ed i milanesi dell´ALFA ROMEO sorse una specie
di solidarietá lombarda che agevoló una partecipazione FIAT al 43% del capitale FNM, con l´intento di
fabbricarvi la linea leggera e medio medio/pesante
di derivazione OM ed affiancare all´autocarro industriale FNM uno FIAT da trasporto piú moderno.
Si trattó di un´operazione condotta – dagli
anni 75 al 77 - con grande entusiasmo e dovizia
di investimenti, con assunzione FIAT dell´intero
capitale FNM ed una complessa integrazione con
altre iniziative congeneri IVECO in Sud America.
Purtroppo, il decollo dell´iniziativa avvenne
in coincidenza con una fortissima e persistente contrazione dei mercati che gli specialisti di
marketing non avevano previsto, motivata dallo
smorzamento generale dell´espansione economica ed anche dal fatto che le strade sud-americane erano migliorate ed in parte asfaltate, per cui
gli autocarri potevano fare servizi piú rapidi e
durare piú a lungo a scapito del mercato. Quindi
Marcelo Valle
L´IVECO IN BRASILE
Satyricon
l´iniziativa FNM ebbe durata di pochi anni e fu
chiusa verso il 1984.
A parte questa disavventura iniziale, l´IVECO
ebbe in Europa un notevole consolidamento che le
consente una partecipazione al 20% del mercato,
seconda dopo MERCEDES. In Spagna acquistó la
fabbrica PEGASO dove concentra le fabbricazione
dei carri pesanti, in Francia costituí una joint-venture paritetica con la RENAULT per la fabbricazione
di autobus Irisbus. In Turchia funziona da tempo con successo una joint-venture con la locale
TOFAS per la produzione di vari modelli di veicoli
parzialmente nazionalizzati. In Cina poi, fu costituita da alcuni anni un´altra joint-venture con un
gruppo locale per la produzione dei veicoli leggeri
DAILY che, sull´onda dell´espansione eccezionale
di questo Paese, sta andando assai bene. Ed i prodotti sono tecnologicamente all´avanguardia.
In America Latina le iniziative industriali andarono a comprensibile rilento, ma mi pare che
ormai si parta sul serio. Non sará certo facile
inserirsi in Brasile, Argentina, Venezuela etc.,
mercati disputatissimi dalle maggiori marche
internazionali ma, al solito, potrá costituire un
fattore importante la preferenza dei discendenti
di italiani (sperando che sappiano che l´IVECO
é in gran parte derivata da FIAT/OM), una volta
rassicurati sul prodotto e sulla ferma volontá di
restare e consolidarsi.
Speriamo che si tratti di un´altra iniziativa
di successo nello Stato del Minas Gerais.
Comolatti all’avanguardia culturale e tecnologica
I
All’apetura della Sala nella FGV Sergio
Comolatti espone gli obiettivi del suo Gruppo
nell’integrarsi con il sistema Universitario
l Gruppo Comolatti guidato dal giovane presidente CEO Sergio Comolatti ha realizzato
un accordo, per quattro anni iniziali, con l’Università Fondazione Getulio Vargas, una delle più
prestigiose del Brasile nella quale gli alunni che
per primo entreranno all’Università potranno disporre di una sala con le più moderne tecnologie
delle discipline dell’insegnamento.
Direttori del settore industriale e dell’insieme dei mezzi di trasporto, della Fondazione,
personalità del mondo accademico e culturale
oltre che della comunità italiana erano presenti
alla cerimonia d’apertura.
Il discorso augurale è stato proferito dal
prof. Francisco Mazzucca e concluso da Sergio
Comolatti che ha sottolineato l’importanza per il
settore industriale di partecipare con le università a questo programma integrativo di formazione e di trasferenza di teconologia.
Tutto ciò ha dimostrato la vocazione industriale e sociale del Gruppo Comolatti in promuovere la formazione professionale ed universitaria dei nostri giovani.
Il Gruppo Comolatti del settore di autoriposizione, rivendita di veicoli pesanti, di
pneumatici, del settore immobiliario, del turismo e dell’intrattenimento occupa tra impieghi diretti ed indiretti circa 2.500 persone
e commercializza 75.000 prodotti. Il suo biglietto da visita è il ristorante Terrazzo Italia,
con una delle viste panoramiche più spettacolari di San Paolo. (V.S.)
Fernanda Maranesi / Gisele Maia
S
iamo al Satyricon. Lo scopo di questa
pagina é quello di presentare un Ristorante ed un suo piatto italiano.
Non é facile dunque parlare del Satyricon,
il Ristorante piú conosciuto di Rio in Brasile e
non solo. Tutte le guide dedicate alla gastronomia nominano persaggi illustri e conosciutissimi di ogni nazionalitá che hanno in varie
occasioni dichiarato il loro entusiasmo per
piatti nostrani degustati proprio qui; io stessa
ve ne potrei nominare alcuni che ho avuto il
piacere di accompagnare e non lo faccio solo
perché l´elenco é troppo lungo. Il proprietario, Miro Leopardi, da tanti anni in Brasile,
tanti da aver ormai imbrattato con molte
espressioni “cariocas” il suo imperdibile accento romanesco, era un serio ristoratore giá
in Italia quand´era molto giovane e, trasferi-
tosi a Rio, ha continuato a difendere le nostre
piú classiche tradizioni culinare, utilizzando
quanto di meglio offra il mercato locale e seguendo con attenzione l´evoluzione del gusto
che richiede piatti sempre piú “sani” e meno
elaborati. Da questo storia ha avuto origine il
mio piatto di pesce preferito, diventato ormai
un classico, le cui varianti sono minime e dovute solamente a qualche tipo di pesce diverso
ogni tanto, che vengono scelte per tale uso i
migliori del momento. Si chiama: “Trimare” e
presenta cinque tipi di carpaccio ed altrettanti di “tartare”, odorosi di erbette aromatiche.
É un piatto al quale non puó rendere giustizia
una descrizione, almeno non una mia, per cui
posso solo dire che il solo modo per conoscerlo
é degustandolo, meglio se accompagnato da un
“Roero Arneis” di Bruno Giacosa.
Non é il solo piatto imperdibile
del Satyricon, basterebbe segnalare,
ad esempio, i sontuosi gamberi rossi,
dei quali parleremo in altra occasione.
Oltre ai complimenti a Miro non
possiamo non ricordare la presenza
di Marly, padrona di casa sempre impeccabile, che ha molto contribuito al
grande successo di questo Ristorante.
Miro Leopardi ao lado de
Vittorio del Gatto, relações
públicas do Satyricon
A
experiência adquirida por Miro Leopardi
na Itália e a vontade de conhecer melhor o ramo da pesca o levou a diversos países. Foi este o motivo que o trouxe ao
Brasil pela primeira vez, em 1974. Por aqui,
a riqueza pesqueira era pouco explorada. Havia muito camarão, produto que na Europa já
andava escasso, mas não existia um mercado
consolidado, seja para o consumo interno ou
para a exportação.
Segundo ele, conhecer o Brasil foi uma
surpresa agradável. Melhor ainda porque aqui
encontrou sua mulher, Marly, que é também
sócia de Miro. Com motivos de sobra para
não mais deixar o país, em 1976 inaugurou
seu primeiro restaurante - o Pirata -, no Leblon. Três anos depois, chegou a vez do Oásis, em Búzios. Esta, aliás, foi a cidade que,
na época, escolheu para viver e abrir o primeiro Satyricon, em 1981.
O Satyricon de Ipanema data de 1985,
quando Miro já acumulava experiência o su-
ficiente para acreditar no sucesso da investida. No entanto, ele afirma que ainda é muito
difícil manter um restaurante de tradição no
Brasil, mesmo na zona sul carioca. Na Itália,
apesar dos custos também serem altos, existe
um mercado maior e as pessoas frequentam
mais os ambientes sofisticados.
Afinal de contas, não estamos falando de
uma pizzaria. Será que não? Pois, em 1998, ele
também inaugurou o que hoje é, segundo os
críticos, o lugar onde se come a melhor pizza
do Rio de Janeiro: a Capricciosa. Atualmente,
são quatro delas em locais privilegiados: Ipanema, Barra da Tijuca e Jardim Botânico, no
Rio de Janeiro, além de Búzios. “Sabe qual é,
hoje, o maior concorrente do Satyricon? A Capricciosa! Eu ficaria com ciúmes se eu não fosse
o dono dela também!”, brinca Miro.
O endereço do Satyricon é:
Rua Barão da Torre nº192 - Ipanema
Tel: (21) 2521-0627
Rio de Janeiro - Brasil
TRIMARE
Para o tartare:
100g de atum fresco
100g de salmão fresco
100g de robalo fresco
100g de pargo fresco
Para o molho robalo:
2 colheres de sopa de azeite extravirgem
2 colheres de cebolinha (parte branca) picada
suco de 1⁄2 laranja
sal e pimenta do reino a gosto
salsinha fresca picada para decorar
- Misture bem todos os ingredientes e sirva
acompanhado do robalo.
Para o molho do pargo:
2 colheres de sopa de azeite extravirgem
2 colheres de cebolinha (parte branca)
suco de 1⁄2 limão
1⁄4 de alho bem picado
sal e pimenta-do-reino a gosto
salsinha para decorar
- Misture bem todos os ingredientes e sirva
acompanhado do pargo.
Para o molho do salmão:
2 colheres de sopa de azeite extravirgem
1 colher de chá de cebolinha (parte branca) picada
suco de 1⁄2 limão
1 colher de chá de endro fresco picado
sal e pimenta do reino a gosto
- Misture bem todos os ingredientes e sirva
acompanhado do salmão.
Para o molho do atum:
2 colheres de sopa de azeite extravirgem
1 colher de chá de cebola ralada
1⁄4 de dente de alho bem picado
2 colheres de sopa de purê de tomate
molho de pimenta malagueta a gosto
sal a gosto
1 colher de salsinha fresca picada
- Misture bem todos os ingredientes e sirva
acompanhado do atum.
Modo de preparo
1 – Limpe bem os peixes e corte-os em filés,
retirando a espinha e a pele.
2 – Com uma faca bem afiada, corte o robalo e o
pargo em fatias bem finas no sentido horizontal,
acompanhando o sentido do filé.
3 – Com o salmão e o atum prepare o tartare, picando
os peixes em pedaços bem miudinhos. Acrescente os
respectivos molhos e misture bem. Faça uma bolha
e achate formando um hambúrguer.
4 – Na hora de servir, arrume os filés de robalo e
pargo, separadamente, no canto de cada prato.
Coloque os molhos desses peixes em uma tigela à
parte em frente ao prato. No outro canto de cada
prato, disponha os hambúrgueres de salmão e atum.
Sirva com pedaços de limão.
22
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
Rio de Janeiro, 25SET2004 | Nº 81
OPINIÃO | Cartas
OPINIÃO | Cartas
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HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO E ASSOCIATIVISMO
S
23
ou presidente da Associação Amigos do Piemonte do Rio de Janeiro,
mas, mais do que isso, sou uma italiana que veio criança para o Brasil e
que procura compreender e trabalhar
a favor de uma união de culturas que,
sem dúvida nenhuma, tem sido muito
importante na formação deste país.
Falta aos italianos na Itália saberem um pouco mais quem somos nós.
Escrevo-lhe para parabenizá-lo pelo
Editorial do número 80 desta ótima
revista e gostaria de manifestar minha tristeza pelas palavras de Alessandra Meineri que, pelo que entendi, é uma italiana residente na Itália
e que veio conhecer o Brasil através
de um ou mais períodos de estágio
em empresas italianas. Lamento sua
indignação e lamento por seu desconhecimento da história da imigração
deste país. Aliás, isso demonstra como somos pouco conhecidos pela Itália de origem. Acredito que isso mudará se a Itália desenvolver uma política de relações internacionais com
mais amplitude, e em todos os níveis
(imprensa inclusive, como bem dito
por você, ou intercâmbio acadêmico
concreto através da agência brasileira
ligada ao MEC, que é a área em que
eu trabalho, por isso a cito). Afinal,
o Brasil é o País que possui o maior
contingente de descendentes italianos, creio eu.
De nosso lado, ainda concordando
com você, acho que se houvesse um
maior índice de participação no associativismo e fossemos mais unidos,
também poderíamos fazer muito pela
manutenção e valorização da cultura
ítalo-brasileira. É importante salientar
que hoje o associativismo não se limita em reunir testemunhos das imigrações, mas é um instrumento de forte
ligação com as regiões italianas que
pode concretizar muitas idéias sempre
a favor da união de duas culturas.
O que o mundo nos reserva é a
aproximação entre culturas e não a
separação. Acho que as
associações deveriam
ter uma grande participação de jovens, que
serão protagonistas de
uma nova mobilidade social. São nossos
ítalo-brasileiros ou
brasileiros que irão
para a Itália estudar
ou trabalhar e serão
os italianos que virão para o Brasil.
Todos irão aprender
algo, dos dois lados. Mas precisam
ser incentivados.
HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO E ASSOCIATIVISMO II
IL NUOVO CGIE
INDIGNAÇÃO E REPÚDIO
T
È
C
enho 33 anos, me formei em Direito e possuo MBA em Telecomunicações. Sou diretor de Relação com Agências & Governo pela
Sociedade Brasileira de Telecomunicações, presidente do Partido
PSL do Diretório Municipal de Indaiatuba-SP, conselheiro da Sociedade Ítalo-Brasileira e cônsul da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Como ítalo-brasileiro, discordo completamente de Alessandra
Meineri. Acredito que ela não conheça bem São Paulo e a comunidade italiana que aqui reside: a Itália é, sim, muito bem representada em nossa sociedade. Quero lembrar que o IRE (Italianos Residentes no Exterior) ajuda bastante no crescimento social, econômico e cultural deste país, não tendo absorvido como defeito
a tal comodidade que, simplória e ignorantemente, ela atribui ao
nosso povo. Veja, por exemplo, o que representa para o Brasil e o
mundo a Sociedade Esportiva Palmeiras e o Palestra Itália.
Sobre a matéria publicada, não sei como vocês verificam o
trabalho dos jornalistas no Rio de Janeiro, mas,
em São Paulo, os descendentes de italianos são perseguidos até hoje pela mídia.
Para comprovar isso, basta ler Imigração
e futebol – O caso Palestra Itália (José
Renato de Campos Araújo, Editora Sumaré). Portanto, se o embaixador Vincenzo
Petrone não convidou a imprensa a participar do pleito na Embaixada, ele deve ter
suas razões.
Para finalizar, gostaria de dizer que
sou assinante da Comunità Italiana há
dois anos e gosto das matérias publicadas,
apesar de nunca ter encontrado sequer uma
reportagem sobre a Sociedade Esportiva Palmeiras, fundada em 26/08/1914 com o nome Società Palestra Itália.
Gabriella Rossi
Alessandro Bertoli
[email protected]
[email protected]
HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO E ASSOCIATIVISMO III
NOTA DA REDAÇÃO
HOMENAGEM A GIUSEPPE D’ANGELO
I
Apesar da indignação dos leitores, é importante observar um aspecto positivo:
equivocada ou não, a opinião da jovem
Alessandra Meineri gerou uma breve reflexão que interessa a todos nós. Há
que se reavaliar o papel das instituições
de representação da comunidade italiana no exterior, não com o intuito de
fazer críticas que não levem a lugar algum, mas com o objetivo de fortalecer
a imagem da Itália e seus descendentes
no Brasil. O tema precisa estar presente nas nossas pautas de discussão, nos
mais diversos ambientes. Comunità
é apenas um dos tantos espaços que
devem servir de cenário para debater
questões tão relevantes para nós. E que
os leitores estejam à vontade para emitirem suas opiniões sempre!
Quanto à Società Palestra Itália,
Alessandro, sabemos que nem sempre
é possível dar conta da variedade de
assuntos que interessam e envolvem a
comunidade italiana no Brasil. O que
prova o quão rica e presente é a cultura da Itália e grande é a nossa responsabilidade.
F
l numero 80 della vostra rivista riporta la lettera della signora Alessandra Meineri. Mi dispiace che sia venuta fin quà per
conoscere un’altra cultura e sia rimasta delusa.
Mi sembra che non abbia cercato un’altra cultura facilmente
reperibile, afro-brasiliana, nordestina, gaucha o semplicemente constatare come persone di etnie o religioni diverse vivono
in armonia. Non voglio difendere la cultura locale, le virtù dei
brasiliani, perché non ne hanno bisogno. Da molti anni vivo in
Brasile, mantenendo sempre un piede in Italia dove passo lunghi periodi, ho così una esatta visione dei due paesi.
Recentemente ho scritto un libro, edito in Italia, ed in un
capitolo che allego analizzo tre città che ben conosco: New
York, Buenos Aires e São Paulo mi sembra che potrebbe servire alla signora Meineri a cui consiglio, se mi permette, di stare
tranquilla, digerire ed essere convinta che noi non pensiamo
solo ad arrichirci, non aumentiamo il dislivello sociale, non ci
sentiamo superiori a nessuno e molto meno trattiamo con disprezzo i brasiliani.
I lettori di Comunità Italiana hanno il diritto di sapere in
quale istituzione italiana, a São Paulo, la signora Meineri abbia
fatto il suo “stage” e se per caso ha usufruito di una borsa di
studio o qualche facilitazione elargita dallo stato italiano.
Colgo l’occasione per inviarLe cordiali saluti e congraturarLa per la qualità della rivista.
Vittorio Romanelli
Vromanelli@hotmail .com
Lettere Cartas Lettere Cartas Lettere Cartas Lettere Cartas Lettere
oi com muita emoção que li o número
especial do Mosaico em homenagem ao
D´Angelo. Caminhar pelas palavras de seus
amigos fez-me sentir sua presença ainda
mais forte, e sua ausência mais difícil.
Meu profundo agradecimento a você,
a Franco Vicenzotti e a todas as pessoas
que participaram dessa edição marcada
pelo entusiasmo e amor ao próximo, sentimentos com os quais D´Angelo trilhou
sua existência.
Marinete
D´Angelo
marinete
@redebrasil.tv.br
fatta. Per la prima volta sono due i rappresentanti del C.G.I.E. (Consiglio Generale Italiani all’Estero) che rappresentano San
Paolo, la più grande città italiana all’Estero,
alla Farnesina.
Di fatti, dalla riunione di fine fiugno a Brasile sono usciti il coro delle 4 voci Antonio Laspro
e Claudio Pieroni (San Paolo), Walter Petruzziello (Curitiba) e Mario Araldi (Belo Horizonte)
presso il Ministro degli affari Esteri, sede del
C.G.I.E. per i prossimi cinque anni.
Manifestazioni di giubilo in tutta San Paolo. Secondo Giuseppe Marcheggiano, un voto
avvocato della Comunità, “Finalmente è stata
rimediata magnificamente la situazione, abbiamo oggi due nostri rappresentanti, al Consiglio
Generale. È stata cosi cancellata la “figuraccia”
della passata legislatura, quando una città come
San Paolo, non aveva nessuno presso il MAE”.
Particolarmente felice il Presidente del Comites, Rita Blasioll Costa la quale dopo i risultati
ha cosi affermato! “Sono orgogliosa di essere il
Presidente di uma Comunità come questa. Sono
sicura che isieme a Pieroni e a Laspro, faremo
um ottimo lavoro per il futuro”.
Per moi invece la situazione è mista: da una
parte siamo contenti per il risultato ottenuto,
dall’altra un pò rattristati per il risultato alquanto strano per il numeri. A Pieroni 51 voti a Laspro invece “38”. Come qual?
I due correvano insiene, (forse Pieroni ha preso la scorciatoial) uno o due voti di differenza si
possono capire, tredici per la verità sono un’esagerazione tra “la buona idea” (51) e la Corea (38º
parallelo) c’è qualcosa che induce al sospetto, non
convince, è un “ambo secco... chianoscuro!”
È vero che in politica vale tutto, vince chi inganna di più, trapolle mosse, contromosse, inboscate, è uma partita a scacchi. Vince chi inganna
meglio... gli avversari, no gli alleati, sai chiaro.
A parte queste considerazioni, non esito a
formulati pubblicamente i miei complementi per
la tua “Comunità Italiana” sempre carica di servizi, “reportage”, interviste di indubbio interesse e dal taglio giornalistico di prima qualità.
Te lo dico com la massima sincerità e anche come consigliere delle F.U.S.I.E. (Federazione Unitária
Stampa Italiana all”Estero) non solo come membro
Del C.G.I.E. “diamo a Cesare quel che è di Cesare”.
Inoltre, ci tengo a puntualizzare che il sottosoritto non ha nessuna intezione di rappresentare a Roma, “solo San Paolo”, ma bensì tutto il
Brasile, come precrive la legge.
Anzi colgo l’occasione per ringraziare, dalle
colonne del giornale da te diretto, tutti coloro
i quale hanno avuto fiducia nel miei confronti,
con loro suffragio.
Sicuro di contare – sulla tua cortese disponibilità, caro Direttore, ti ringrazio anticipatamente e colgo l’occasione per inviarti oltre, al mio
indirizzo (“sono disponibile fin d’ora per tutti i
connazionali”) anche i più cordiali saluti.
Avv. Antonio Laspro
[email protected]
onsidero uma vergonha que seu site publique
colunas como a de Giovanni Meo Zilio, onde
se afirma que os descendentes de italianos residentes no exterior deveriam gozar de um canal
privilegiado para entrar na Itália por motivos de
trabalho por serem “naturalmente mais afins” do
que “albaneses, tunisianos, marroquinos etc” a
se integrarem no “nosso contexto histórico, lingüístico-cultural e social”.
O colunista - que escreveu no diário La Padania, de conhecido cunho racista, em se tratando do veículo de informação do partido Lega Nord, que nasceu pregando a separação do
Norte da Itália do Sul pela suposta “superioridade étnica” da população da primeira - acata
deste jeito a arcáica e bárbara concepção segundo a qual o que tem prioridade na hora de
determinnar as políticas públicas de um país é
o critério étnico-racial e não os direitos fundamentais de todos os seres humanos, que lhes
correspondem em quanto tais. De fato, toda
pessoa - independente de sua naconalidade e
de qualquer outra condição, seja ela econômica, racial, cultural, religiosa, de gênero, opção
sexcual etc. - tem direito de ir e vir livremente
e escolher onde viver e trabalhar, e todo Estado
tem o dever de garantir os direitos civis e políticos e os direitos econômicos, sociais e culturais (entre eles, condições de trabalho dignas)
para qualquer ser humano, independente de ser
tunisiano, marroquino, albanês ou descendente
de italianos no exterior.
Por estas razões, manifesto repúdio e indignação perante colunas como a do senhor Meo
Zilio e espero que, nas próximas edições, esta
revista rejeite opiniões racistas, discriminatórias e contrárias aos valores democráticos e os
direitos humanos.
Antonino Condorelli
Natal - RN
RISPOSTA
CARO DIRETTORE,
H
o ricevuto la mail del 23 agosto da lei inviatami per conoscenza e scrittale dal signor
Antonino Condorelli di Natal il quale, collegandosi a un mio articolo del 2 novembre 2002 (!)
pubblicato dal suo giornale su “Ingresso in Italia per ragioni di lavoro: quota riservata agli
Italo-Argentini”e riferendosi anche a un mio
precedente articolo pubblicato su “La Padania”
il 19 febbraio 2002 intitolato “Emigranti italini,
ritorno grazie alla Lega”, accusa me e il giornale
“La Padania” di “razzismo” per avere auspicato
prima, e per essersene rallegrati poi che il Ministero del Lavoro e delle Politiche Sociali Italiano, nel suo decreto-flussi 2002, in applicazione
della Legge Bossi-Fini, abbia riservato “una quota di ingressi per motivi di lavoro a 4.000 persone di origine italiana residenti in Argentina. Si
è previlegiata per ora l’Argentina data la gravissima crisi economica che si è abbattuta su quel
paese amico la quale coinvolge i discendenti di
tanti italiani che a partire dall’ ‘800 l’hanno popolata e fatta crescere facendo onore a quell’Italia che li ha spesso dimenticati”. L’auspicio di un
“canale preferenziale” per gli oriundi italiani ai
fini del rientro nella loro patria per motivi di lavoro, fatto proprio, fra l’altro, dall’Assemblea del
Consiglio Generale degli Italiani all’Estero, partiva dalla premessa che nel Decreto-flussi 2001
erano previste delle “quote speciali per l’inserimento nel nostro mercato del lavoro di tunisini,
marocchini, somali e soprattutto di albanesi ma
non c’era menzione dei nostri oriundi”. Nel settembre dello stesso anno il Governo Italiano, su
proposta del
Ministro per gli Italiani nel Mondo, on.
Tremaglia, approvò l’inserimento di un emendamento al D.D.L. in itinere intitolato “Modifiche
al DL 25 -7-1998, n. 286”, sulla disciplina dell’immigrazione che prevedeva quote riservate di
ingresso ai lavoratori di origine italiana per parte di almeno uno dei genitori fino al terzo grado
in linea retta di ascendenza residenti nei paesi
non comunitari.
Nel settembre del 2000 d’altronde il Comitato organizzatore della Pre-conferenza latinoamericana realizzata in Montevideo in preparazione della Prima Conferenza degli Italiani
nel Mondo aveva approvato, come raccomandazione, una mozione in favore del “canale
preferenziale” per i nostri concittadini e oriundi all’estero ai fini di un loro inserimento nel
mercato del lavoro, anche “tenuto conto che
gli italiani e gli oriundi italiani all’estero presentano caratteri di omogenietà culturale, linguistica e religiosa con i loro confratelli d’Italia”. Pertanto il Governo italiano ha recepito
un’istanza che, oltre ad essere obiettiva, non
proveniva solo dalla Lega ma dal Consiglio Generale degli Italiani all’Estero che rappresenta
appunto tutti gli Italiani all’estero.
Quanto alle considerazioni che il signor
Condorelli scrive sulla Lega Nord e sul suo giornale “La Padania” esse si commentano da sé:
“de minimis non curat pretor”.
Prof. Giovanni Meo Zilio
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